Quem descansou, descansou. Quem perdeu as férias de julho tem que correr para aproveitar o final porque dentro de uma semana as opções começam a escassear. Para políticos então, o ano de descanso é aquele em que não tem eleição. No caso, este.
Semana que vem já é agosto e com ele começa a fase prévia de uma escolha que precede até a definição de nomes para a disputa em cada município: a escolha de partidos.
Em todo Tocantins a movimentação de bastidores é intensa por que quem quer ser candidato, a prefeito ou a vereador, tem na escolha do partido boa parte da definição de suas chances. Um partido em que a legenda esteja garantida, é fundamental. Um partido da base do governo por exemplo, pode não indicar o candidato, caso outro partido da base do governo, tenha um nome mais “forte”, junto ao eleitorado ou entre as lideranças que decidem quem sai e quem não sai.
Prazo de filiação vai até o fim de setembro
Assim que o mês virar na folhinha, pré-candidatos terão pela frente 60 dias para suas primeiras definições. Quem está na oposição acaba tendo mais flexibilidade na escolha: não dependerá de ajustes mais comuns à base do governo. Mesmo assim, precisa escolher uma legenda que tenha força, tempo de televisão, estrutura financeira, segurança jurídica para a disputa. Estas coisas.
Quando o calendário marcar exatos um ano para próxima eleição, cada um deve estar acomodado no partido em que terá chances de disputa. E é por isto que o que parece ser um julho de águas calmas no Tocantins, não tem sido bem assim.
Na calada, sem declarações na imprensa e evitando burburinho, os maiores líderes políticos do Estado têm sondado quadros partidários de outras legendas e feito convites. No caso da base governista, o partido da vez para os candidatos que o governador deseja apoiar é o PSDB. Movimentações neste sentido nos últimos dias têm se tornado claras no movimento de filiações.
PSD ainda com situação pendente
O PSD, da senadora Kátia Abreu enfrenta o desafio de vencer as etapas legais para o registro do partido à tempo de concorrer às próximas eleições. O Democratas, que já vinha sofrendo baixas, ficou ainda mais fragilizado com a saída do grupo da senadora, mas ainda mantém parte dos seus quadros.
Nas imediações do governo, naquele limbo indefinido que nem é situação, nem assume uma posição clara de oposição em nível estadual, está o PSB. Partido leve, legenda consolidada, o partido socialista tem se tornado uma opção para quem quer tranqüilidade para ir à luta.
Expectativa grande cerca por outro lado, o PT, que aliou-se ao governo na Assembléia Legislativa, embora mantenha a alcunha de independente no discurso. Suas composições para o ano que vem vão revelar que rumo tomará a legenda. No caso do partido, o quadro se tornará mais claro após a solução do impasse da expulsão do prefeito da capital, Raul Filho e sua esposa, deputada estadual Solange Duailibe.
Por estas e outras, o mês de julho, que chega ao fim no domingo, é tempo dos últimos suspiros de tranqüilidade para muitos à beira do Araguaia ou do Tocantins. A partir da semana que vem, começa um jogo de gente grande. E que dentro de pouco mais de um ano estará traçando o novo perfil político do Estado.
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