“Aqui nós estamos esquecidos”, foi assim que um dos fundadores de Luzimangues resumiu a situação da população ao ser questionado sobre o tema. “Até hoje nenhum governante pensou em Luzimangues e nas milhares de famílias que moram aqui”, desabafou Valdir de Carvalho, que é mecânico de máquinas pesadas.
Durante a visita da equipe do Site Roberta Tum, Carvalho destacou a necessidade de que as autoridades “voltem os olhos para o distrito” e ressaltou ainda que não vê outra alternativa que não seja a emancipação para que Luzimangues consiga evoluir tanto estruturalmente quanto economicamente.
“Com a emancipação, o distrito passa a ter vida própria, renda própria”, informou ao destacar que Luzimangues não pode continuar do jeito que está e ressaltou ainda a necessidade de se ter uma estrutura de poder própria para o desenvolvimento. “Temos que ter um prefeito, ele pode até roubar, mas é melhor do que não ter nada e agente continuar vivendo na situação que agente vive”, desabafou.
Vida própria e condições de evolução
Segundo informou Carvalho, a chegada da Ferrovia, as grandes fazendas de gado, as plantações de Soja e até mesmo o pequeno produtor familiar, faz do distrito uma “terra rica”, onde há condições de viver em torno de uma economia própria. “Nossa região é muito rica, temos condições de nos manter com a emancipação, esta é a única saída”, destacou ao informar que com a chegada da Ferrovia Norte-Sul, grandes empresas devem se instalar na região. “Mais de 20 grandes empresas estão vindo para a nossa região, e isso vai gerar emprego e renda”, ressaltou ao informar que o desejo da população local é a criação do Município do Luzimangues.
Origem do nome
O distrito de 965 Km² teve seu nome “peculiar”, escolhido através de uma reunião com os primeiros moradores da cidade, quem contou foi Carvalho. “Tínhamos que escolher o nome do distrito e quem tinha sugestões, levou. A minha foi que se chamasse Beira Rio, afinal estávamos a beira do rio Tocantins (antes da realocação por causa da construção Usina Hidrelétrica), então a primeira professora do distrito, chegou já no meio da reunião e sugeriu Luzimangues. No princípio achamos feio, mas ela pediu para que explicasse”, informou Carvalho que continuou contando.
“De um lado temos o rio mangues e do outro o rio Santa Luzia e em homenagem aos dois rios sugiro Luzi-mangues”, informou Carvalho ao destacar que todos gostaram e por isso esse foi o nome escolhido pelos presentes naquela reunião.
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