Quem assistiu a reunião do secretariado convocada pelo governador Carlos Henrique Gaguim no domingo saiu convencido de que muita coisa realmente vai mudar no Tocantins nos próximos meses. A mudança já começou no tratamento das coisas públicas. Reunião de secretariado aberta à imprensa é a primeira que eu vejo em anos de cobertura jornalística no Estado.
O governador abrir espaço na reunião para que um assunto como prevenção ao uso de drogas ilícitas seja tratado também foi novidade. Quem falou foi Fátima Roriz, membro do CONAD - Conselho Nacional Antidrogas.
É a primeira vez que alguém do Tocantins toma assento no conselho. E não é pra menos. Independente de estar à frente da OJC no Estado, Fátima atua há 21 anos na prevenção através do envolvimento em programas como a Fazenda Esperança.
Crack é inimigo público
Um relatório preocupante sobre o avanço do consumo de drogas no Tocantins foi apresentado ao governador. É assustador o avanço do crack. Coisa que não está presente apenas na Capital, mas no interior, nas maiores cidades, na zona rural. Gaguim quer ação imediata contra o problema.
“A hora de combater é agora, senão vai ficar igual ao Rio de Janeiro, é traficante, é violência. Isso nós não vamos permitir”, reagiu o governador. Gaguim pediu um estudo e discussão para as pastas ligadas ao tema, com um objetivo claro: fixar um horário limite para o fechamento de bares e similares. Com exceção das casas noturnas fechadas que poderiam continuar funcionando além deste horário, a intenção é coibir o consumo de bebidas (e conseqüentemente de drogas).
Fátima Roriz aproveitou para pedir o empenho do governo em rever a questão orçamentária, já que os recursos foram reduzidos no orçamento para o próximo ano. Gaguim explicou que todos os itens do orçamento foram reduzidos em função da queda na arrecadação. E que o acrescentou foi uma previsão dos R$ 500 milhões que o Estado vai buscar receber, relativos à dívida da União, mas prometeu rever o caso.
“Você pode nos ajudar, buscando recursos no governo federal para estes projetos de prevenção. E o que você conseguir lá, nós dobramos aqui. Se vier um milhão, o governo coloca dois”, garantiu.
De tudo o que foi dito, ficou a certeza de que um grande combate, conjunto, vem aí contra a distribuição e o consumo de drogas ilícitas no Tocantins. Uma responsabilidade que o governo Gaguim está chamando pra si, e determinando como prioridade. Antes que seja tarde.
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