A candidatura do presidente da Assembléia, Carlos Gaguim, ao governo do Estado para o mandato tampão amanhece mais forte nesta segunda-feira, 10, depois de passar por um período de “esfriamento” nos bastidores. A divisão interna do PMDB, com Derval de Paiva e Avelino trabalhando para viabilizar seus nomes, e a aproximação de Gaguim com o DEM, afastando o PT foram os baques sofridos pelo presidente da AL nos últimos 15 dias.
Mas o fato é que agosto chegou, deixando claras algumas coisas. Uma delas é a força de João Ribeiro e Kátia Abreu nesta disputa. Os dois lideram absolutos seus grupos de apoio. A repercussão das declarações de Ribeiro foi tanta que ele próprio ressalvou mais tarde que seu apoio se refere ao mandato tampão, e não tem relação com 2010.
Outra declaração é a de Gaguim, publicada no domingo, de que não disputaria o mandato tampão para concorrer à reeleição em seguida. Esta é a grande questão na costura dos apoios. Ninguém quer amarrar compromisso para 2010. Lá, o cenário contará com nomes como o do prefeito de Palmas, Raul Filho candidato pelo PT, com Siqueira ou João Ribeiro, com Kátia Abreu envolvida na campanha de Serra, e logicamente com grande peso de interferência no cenário local, isso na hipótese de não ser candidata.
Antes de 2010, no entanto, vem 2009. Um ano que praticamente já acabou. O orçamento, na melhor das expectativas de receita, está comprometido. O próximo governador, caso tome posse em novembro, terá pela frente pouco mais de um ano de mandato. Quem estiver no governo, não disputará eleição, pelo menos é o que esperam os que garantem o acordo.
Nesta segunda semana de agosto, os adeptos das Diretas tentam ganhar fôlego, e Gaguim deixa claro ao PMDB que tem os votos para ser o governador. Se o partido não assinar embaixo da indicação do seu nome, estará criando uma crise sem precedentes. A não ser que outro acordo surja no cenário. O que, nesta segunda, parece difícil e distante de acontecer.
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