Gaguim vai ao TSE em busca de respaldo, Siqueira chama UT para si

O caldeirão da política tocantinense está fervendo nestes meados de setembro em que o Governador Interino Carlos Gaguim (PMDB), buscar referendar a lei que enviou à Assembléia Legislativa, tirando dos partidos a prerrogativa única de indicar candidat...

O governador interino Carlos Henrique Amorim, o Gaguim vai se reunir com o presidente do TSE – Tribunal Superior Eleitoral nesta terça-feira, 15,em Brasília. Depois de participar de sessão às 9hs na Assembléia Legislativa, o governador voa para Brasília onde encontra o presidente do TSE e janta com a bancada federal.

Ontem à noite, Gaguim ouviu de Coimbra, Josi, Solange, entre outros deputados, que é melhor ter cautela agora, e adiar a votação da resolução que regulamenta as eleições, do que correr o risco de uma lei anulada judicialmente. “Isso provocaria um estrago pior do que o Rced”, avaliou uma fonte ligada ao governo. Gaguim concordou com o recuo estratégico e a resolução só entra em pauta após a conversa do governador, com Ayres Britto em Brasília.

A verdade, como disse o deputado Ângelo Agnolim em entrevista ao “Na Ponta da Língua”, semana passada, é que não existe uma só linha na decisão ou no despacho do TSE em que esteja dito que cabe ao TER regulamentar as eleições. Desta forma, o executivo enviou à Assembléia Legislativa uma lei idêntica à da Bahia, de 1994. A única diferença é que lá, na sucessão do governo os votos foram nominais e abertos. Aqui, pretende-se que sejam nominais e secretos.

O questionamento feito pelo procurador eleitoral, pedindo a nulidade da lei que excluiu os partidos da indicação é que está preocupando. Isto por que o STF já tem entendimentos de que os mandatos pertencem aos partidos. Neste sentido, o prefeito Raul Filho, amigo e aliado de Gaguim, foi enfático em entrevista ontem, segunda-feira, 14: considera a lei “imoral, indecente, uma afronta à sociedade e aos partidos”.

Siqueira X João Ribeiro

Enquanto isso no outro front, o da oposição ao governo Gaguim - que existe, apesar das declarações de Stálin Bucar – a União do Tocantins está próxima a passar por outro racha. O primeiro foi lá atrás, quando Marcelo Miranda rompeu com Siqueira. Agora, o problema é a liderança do senador João Ribeiro (PR), que vai em direção contrária às orientações do ex-governador.

Segundo uma fonte próxima a Siqueira, ele estaria “irado” com a atitude do senador João Ribeiro em ligar para lideranças utistas do interior do Estado oferecendo cargos e participação no governo de Gaguim. A um dos companheiros que ligou de volta, estranhando o convite e perguntando qual a posição do grupo, Siqueira teria respondido: “A União do Tocantins sou eu. Quem fala por ela sou eu, e mais ninguém”.

Aos amigos próximos Siqueira teria dito que não se importa em ficar sozinho se isto for preciso, mas que ele fundou, e ele manterá a União do Tocantins enquanto vida tiver.

Se Ribeiro já trilha os caminhos de Lula, se aproxima do PMDB e do PT, construindo uma candidatura própria, resta que alguns utistas históricos decidam com quem vão ficar. É o caso de Cacildo Vasconcelos, e do PP, presidido pelo deputado Lázaro Botelho. É o caso também do deputado federal Eduardo Gomes, que preside o PSDB. Quem viver, verá.

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