A frase acima está estampada numa faixa exposta na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro. Uma iniciativa da ONG Rio de Paz.
Enfim, chegou o grande dia em que vejo grande parte da população defendendo a PM. Sinceramente, pensei que esse dia nunca chegaria. No vídeo exibido por sites de notícias, fica claro o risco que o cinegrafista corria. Fiquei surpresa com os comentários. Reproduzo parte de um deles:
“ O pessoal do BOPE é treinado para não desviar os olhos da mira nem por um segundo sequer. Numa situação daquelas, não dá pra fixar os olhos na mira e se preocupar com equipes de reportagem. Isso é uma guerra. A culpa pela morte do cinegrafista é do tráfico”
O ultimo questionamento não é sobre a responsabilidade da PM, mas sobre a obrigação da emissora de proteger suas equipes de reportagem. O sindicato dos jornalistas municipais do Rio desmente a Band sobre a segurança do colete usado pelo cinegrafista.
Independente do uso do colete, tendo em vista que grande parte do corpo fica desprotegida, inclusive a cabeça, a posição do cinegrafista era perigosa. As imagens mostram a fragilidade do mesmo na área do conflito.
Mas nunca deixa de ter um ou outro que ainda, para poder eximir a emissora, e até mesmo a culpa dos traficantes, ainda responsabiliza a PM. Cheguei a ouvir que eles deviam providenciar um local seguro para as equipes de reportagem. Imaginei uma área vip destinada só para a imprensa, com café e bolachas. Ora, estamos no meio de um tiroteio!
Cheguei a ler um comentário onde o leitor dizia: “ A PM não devia deixar esse tipo de coisa ser filmado.” Imaginem só...vocês conhecem o que é imprensa. Imaginem só o que aconteceria se a Polícia impedisse um cinegrafista de filmar alguma coisa. Nossa! ” Vai ser uma chacina” No dia seguinte os jornais estampariam a manchete: “ PM oculta operação no Rio” ou “ Imprensa é proibida de ter acesso à operação do BOPE.” Vocês sabem como funciona.
Enfim, muita coisa está mudando. A PM já é vista com profissionalismo. Já é mais respeitada e admirada. E o que é mais importante: respeitada e admirada pela população. Por aqueles a quem ela defende e protege.
Esperamos poder continuar tendo acesso a tudo o que acontece, no Brasil e no mundo. Mas não importamos com imagens desfocadas. Que sejam baleados os traficantes, não repórteres e cinegrafistas.
Yanna Barbosa
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