Mais de 70 poemas compõem o novo livro do jornalista e poeta Gilson Cavalcante – O Amor não Acende Velas (canção do corpo ausente), cujo lançamento ocorre no próximo dia 10, a partir das 17h, na Pousada das Flores, em Taquaruçu. O poeta garante que a obra foi escrita em um fôlego só, durante essa pandemia do novo coronavírus.
Durante o período de isolamento, Gilson Cavalcante enclausurou em sua residência, em Taquaruçu, decido a escrever. Desse poder criativo, nasceram três rebentos poéticos e mais dois iniciados. “Poesia pra mim, é um momento de profundo silêncio, em que as palavras laminam as e perfuram a alma do poeta; é um misto de êxtase, dor, sangramento e orgasmo lidar com a poesia”, explica o poeta.
“Como a vontade não pode ser chamada causa livre, mas unicamente necessária (Spinoza), na expressão de um modo definido de pensar, O amor não acende velas (canção do corpo ausente) – mais recente obra do poeta/jornalista Gilson Cavalcante – pode ser observada (por semelhantes e dessemelhantes), como portentosa contradição e periféricos paradoxos humanos, demasiadamente humanos (na expressão nietzschiana) sob a perspectiva da vontade de poder, apolonismo ou variações dionisíacas que segue (e sempre seguiu) sem amarras”. Foi assim que o jornalista e crítico Luiz Armando Costa abriu a apresentação do livro de Cavalcante.
“Vem de longe o cheiro que me embrulha a mortalha / Acho que vim predestinado a morrer de amor. (Do Aroma) – poema que abre a coletânea – dá pistas de circunstâncias e da extrema facilidade com que Gilson ergue suas paredes, livremente, mas com aguçado senso de concisão e do julgamento que seleciona seus espasmos intuitivos, lapidando-os a melodias poéticas como Beethoven (ou Ravel como bebe na canção do corpo ausente: Belo é o bolero das borboletas de Ravel/sobre os girassóis do cerrado/Sou mais leve e breve se alado) retirava pérolas de seus esboços”, diz Luiz Armando em sua análise.
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