A Greve nos Correios do Tocantins enfraqueceu, conforme afirmou o secretário jurídico do Sindicato dos Trabalhadores da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos do Tocantins (Sintect – TO) Willian Martins, “40% ainda estão em greve. Estamos esperando o julgamento do dissídio coletivo que ainda não tem data marcada”, afirmou.
Segundo o secretário, “a luta é mais pelas questões de trabalho. Nossas agências estão nas mãos dos bandidos, no CDD não tem bebedouro, nem cadeira”, disse. Após deliberação em assembleias realizadas na última quarta-feira, dia 18, trabalhadores de Palmas, Araguaína e Gurupi continuam em greve.
De acordo com o Sindicato, não houve acordo na reunião de conciliação realizada dia na última terça, 17, no Tribunal Superior do Trabalho (TST). “Naquela ocasião não foi apresentado uma nova proposta e o ministro manteve a proposta de 8% de aumento linear, 6,27% na cesta de benefícios e R$50,00 de vale cultura. Como não houve acordo o ministro encaminhou o julgamento para Seção de Dissídio Coletivo (SDC)”.
Ainda segundo o Sindicato, todo esse processo que envolve o dissídio coletivo foi debatido com os trabalhadores em assembleias realizadas, “principalmente no que diz respeito à súmula 277, do TST que garante a incorporação de todos os benefícios ao contrato de trabalho, em caso de aceitação da proposta. No caso apresentado, iria pra dissidio e a partir daí a justiça é quem decide pela manutenção, alteração, ou concessão de novos benefícios”.
O Sindicato reforçou que além da falta de condições de trabalho que é a principal justificativa apresentada pelos trabalhadores que permanecem em greve, há problemas sérios de relacionamento interpessoal entre gestores de unidades e subordinados.
“Desde o início buscamos resolver questões relacionadas a campanha salarial, na mesa de negociação, mas quando todas as tentativas de se chegar a um acordo falham normalmente por intransigência de uma das partes, o último recurso que o trabalhador tem de defender seus interesses é utilizando-se do mecanismo legal de greve. Como a empresa não apresentou uma proposta que contemplasse os interesses dos trabalhadores a greve no Tocantins continua até o julgamento do dissidio, vale ressaltar, que a ultima proposta apresentada pela ECT foi colocada duas vezes em votação em assembleia e foi rejeita pela categoria”, afirmou o Sindicato em nota.
Empresa
A Assessoria dos Correios irá se pronunciar por meio de nota após levantamentos dos novos números com o enfraquecimento da greve.
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