As mães que acompanham seus filhos em internação no Hospital e Maternidade Dona Regina, receberam um tratamento especial em comemoração ao Dia das Mães. O Senac proporcionou uma tarde onde as mães, que passam meses junto aos filhos, passaram por um momento de elevação da autoestima, em que aprendizes de cabeleireiro fizeram um atendimento de beleza.
Mulheres humildes e que geralmente saem do seio familiar para ficar com os filhos na UTI tiveram a oportunidade de cuidar da aparência. Uma das mães era Irailde Martins que acompanha seu filho, Juan Pablo Martins, de pouco mais de sete meses de vida e que nasceu com sopro no coração. Desde o nascimento ele está internado.
“São sete meses e dezesseis dias de muita luta e perseverança. Sem falar na angústia de ver o tempo passar e o meu filho ali internado”, ressaltou a mãe ao informar que o seu maior desejo é levar o pequeno Juan para casa. Irailde, que nunca teve a oportunidade de ter seu filho em casa, ressaltou que o momento da beleza serviu como uma “válvula de escape”. “Este é um momento muito bom onde a gente consegue relaxar um pouco. No meu caso, estou tirando o stress de sete meses”, destacou.
Na oportunidade, Irailde ressaltou que o momento foi um grande presente. “Me sinto lisonjeada em receber este tratamento. A gente se envolve tanto com o filho que acabamos nos esquecendo da gente”, ressaltou a mãe.
Vínculos de amizade dão força
Durante a conversa, Iranilede ainda informou ao Site Roberta Tum que há uma grande parceria entre as mães que ficam no hospital acompanhando seus filhos. “Nós acabamos criando um vínculo de amizade, onde uma é a força da outra”, destacou ao informar que assim como deseja que seu filho saia do hospital com saúde também deseja que os filhos de suas companheiras também recebam alta. “Nós temos um vínculo de força coletiva”, salientou.
“Eu digo para todas as mães que acompanham seus filhos que tenham força em Deus. Cada dia é um dia diferente onde as vezes vemos uma melhora mas também nos deparamos com momentos difíceis, mas o importante é erguer a cabeça e acreditar. Acreditar que um dia, se Deus permitir, todas vamos levar nossos filhos para casa”, foi a mensagem de Irailde para suas colegas.
Assistência diária e um dia especial
Além deste dia atípico na vida destas mulheres, as assistentes sociais do Hospital trabalham diariamente no acompanhamento das mães. “Estas mães são acompanhadas dia a dia por toda uma equipe de profissionais. Entre eles psicólogos, assistentes sociais e os médicos e enfermeiros”, informou a assistente social Laudinéia Alves ao destacar que apesar de todo o acompanhamento este foi um dia que fugiu da rotina do hospital. “A maioria de nossas mães não tem a possibilidade de um dia diferente da sua rotina árdua”, destacou.
Para a instrutora do salão do Senac, Ângela Duda Brandão, é interessante fazer o atendimento social para valorizar a autoestima das mães. “Como elas ficam arrumadas, mais bonitas sentem-se mais valorizadas”, destacou ao informar de sua alegria em ajudar as “mãezinhas que são sofridas e que muitas vezes não tem nem noção de quando vão sair do hospital”.
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