A definição de hábito no dicionário é “maneira permanente ou frequente de comportar-se”. Não à toa hábitos saudáveis na infância podem impactar de forma positiva na vida dos adultos. Pensando em um futuro mais saudável para as crianças, em 3 de junho é celebrado o Dia da Conscientização Contra a Obesidade Mórbida Infantil.
Segundo o Ministério da Saúde, a obesidade na infância pode gerar adultos obesos. Em decorrência do acúmulo excessivo de gordura no corpo, podem surgir doenças como diabetes, hipertensão, problemas cardíacos e ortopédicos, distúrbios psicológicos, entre outras. Segundo a consultora médica do Sabin Medicina Diagnóstica no Tocantins e especialista em Endocrinologia Pediátrica, Patrícia Amorim, o aumento do peso durante a infância também pode causar a puberdade precoce. “É possível ocorrerem alterações hormonais, antecipando o aparecimento de caracteres sexuais, especialmente, nas meninas. Entre eles estão pelos pubianos (pubarca), brotos mamários (telarca) ou a primeira menstruação (menarca) antes do tempo esperado. Em caso de suspeita da obesidade estar afetando a puberdade, exames que medem as dosagens de hormônios podem ser solicitados”, explica.
Patrícia Amorim explica que, para prevenir o aumento de peso das crianças, os cuidados com a saúde precisam ser constantes. Isso inclui a alimentação balanceada e a prática de atividade física. “Nos últimos dois anos pandêmicos, o uso de eletrônicos como forma de distração, contribuiu para aumentar ainda mais o sedentarismo e reduzir a queima calórica. Para prevenir o sobrepeso, é importante que a criança pratique atividades físicas no mínimo 3 vezes na semana, por cerca de 1h, além de manter uma dieta saudável no dia a dia, com legumes, verduras e frutas", explica.
A biomédica e gestora do Sabin Medicina Diagnóstica no Tocantins, Nayara Borba, concorda que a prevenção é o melhor caminho para evitar a obesidade infantil. “A prevenção de qualquer condição médica é sempre o melhor remédio e, para obesidade infantil não seria diferente. É sempre bom os pais ou responsáveis dos pequenos estimularem uma alimentação balanceada e execução de atividades físicas, idas ao médico também contribuem para a manutenção da saúde, bem como a realização de exames como hemograma, glicose e EAS, que é realizado a partir de amostra da urina para detectar distúrbios renais, metabólicos e infecções urinárias”, afirma Nayara.
Estatísticas
O Ministério da Saúde estima que 6,4 milhões de crianças tenham excesso de peso no Brasil e que 3,1 milhões já evoluíram para obesidade. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), em 2025, o número de crianças com sobrepeso e obesidade pode chegar a 75 milhões no mundo.
No Tocantins, conforme dados do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional do Ministério da Saúde (SISVAN) de 2021, cerca de 25% das crianças entre 5 e 10 anos apresentaram sobrepeso, obesidade ou obesidade grave.
(Assessoria de Imprensa Sabin)
Comentários (0)