Indústrias enfrentam problemas para adquirir matéria-prima, aponta pesquisa da Fieto

“As medidas de distanciamento social fizeram o setor produtivo parar. Isso impactou diretamente as indústrias”, avalia Roberto Pires

Roberto Pires, presidente da Fieto.
Descrição: Roberto Pires, presidente da Fieto. Crédito: Adilvan Nogueira

A Sondagem Especial - Mercados de Insumos e Matérias-Primas, realizada pela Federação das Indústrias do Estado do Tocantins (FIETO), revela que em fevereiro 62% das indústrias tocantinenses enfrentaram dificuldades na compra de insumos e matérias-primas produzidas no país, ainda que pagando mais caro por eles. Desse total, 28% dos entrevistados afirmaram que enfrentam muita dificuldade. 

 

O levantamento mostra ainda que 32% das indústrias do Estado tiveram algum problema para atender sua demanda no mês de fevereiro, sendo que 7% tiveram dificuldade para atender grande parte e 25% pequena parte.  

 

Sondados sobre quanto tempo levará para se resolver o problema com a oferta de insumos e matérias-primas produzidas no país, pouco menos da metade (44%) dos empresários da indústria acredita que o mercado voltará a normalidade ainda no 1º semestre deste ano. Já 35% têm a expectativa que voltará ao normal somente no 2º semestre do ano, e 21% acreditam que será possível apenas em 2022 ou mais. 

 

“Diversos setores sofreram com a falta de matéria-prima em todo mundo por conta da pandemia provocada pelo novo coronavírus. As medidas de distanciamento social fizeram o setor produtivo parar. Isso impactou diretamente as indústrias. Mas estamos esperançosos que, com o avanço da vacinação, o país volte ao ritmo normal de produção”, avalia o presidente da Fieto, Roberto Pires.   

 

Importação 

 

A Sondagem Especial mostra ainda que 28% das empresas tocantinenses consultadas em fevereiro deste ano afirmaram utilizar em seu processo produtivo insumos e matérias-primas importados. Destes, 51% apontaram ter dificuldades em adquirir estes insumos, mesmo que pagando mais caro por eles, sendo que 32% enfrentam muita dificuldade. Já 39% afirmaram não ter dificuldade e 9% acreditam que está mais fácil adquiri-los. 

 

Mais da metade dos empresários entrevistados (57%) acredita que a normalização do mercado de insumos e matérias-primas importados ocorrerá ainda no 1 º semestre deste ano. Já 43% creem que a oferta irá normalizar somente no 2 º semestre de 2021. 

 

 A pesquisa foi realizada entre os dias 1º e 12 de fevereiro com 101 indústrias tocantinenses, sendo 74 de pequeno porte e 27 de médio e grande porte. O resultado completo está publicado neste link na aba Estudos e Pesquisas. 

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