Janeiro morno desacelera articulações à espera do que será da relação do PR com o governo

Mês de recesso no Senado (que reabre gabinetes na próxima semana) e na Câmara dos Deputados, assim como na Assembléia Legislativa, janeiro tem registrado baixa movimentação política oficial, formal, por assim dizer. Nos bastidores a sucessão é cozida...

Fevereiro ainda vem por aí, mas quando chegar, será a marca de corte, ou de morte para muitas pré-candidaturas sem a menor chance de vingar quando se trata da disputa das maiores cidades do Estado.

É o caso de Palmas, Araguaína, Gurupi, Paraíso, Porto Nacional. Num segundo grupo estão as de médio porte e importância estratégica como Colinas, Guaraí, Dianópolis, Natividade, e no Bico Tocantinópolis, Araguatins, Augustinópolis.

Ficando por enquanto na análise das mais polêmicas e disputadas, seja pela importância histórica ou pela questão do peso eleitoral, está chegando a hora da verdade para muitos que colocaram o nome para apreciação, e agora devem decidir se bancarão a própria aposta no jogo político, ou se vão buscar composição.

Candidaturas de Palmas influenciam interior

Com cenários previamente traçados, as duas maiores cidades pólo das regiões Norte e Sul do Estado, estão com nomes nas ruas, mas partidos e líderes guardam ainda cartas na manga para surpresas de última hora. Isto por que a disputa eleitoral em Palmas ainda não está traçada. E dependendo das composições que ocorram nela, serão as repercussões nas disputas das demais cidades.

Do grupo do prefeito Raul Filho(PT), ao qual pode se juntar a deputada estadual Luana Ribeiro(PR) - tudo vem caminhando para isto nos últimos meses – deve sair um candidato. Se Raul e o senador João Ribeiro conseguirem construir uma aliança sem dissidentes, forma-se uma chapa forte para enfrentar ao que tudo indica, Marcelo Lélis(PV), que lidera todas as pesquisas de intenção de voto feitas até aqui.

Caso não haja consenso entre o PR e o grupo de Raul, em torno de Luana Ribeiro, restará ao prefeito decidir com os instrumentos que tem, qual será o candidato à sua sucessão que contará com seu apoio. Nesta luta estão Edna Agnolin (que abriu mão de disputar para compor com Raul na vice em 2008) e que sofre sem nenhuma dúvida os efeitos do desgaste que a gestão municipal enfrenta; Wanderlei Barbosa(PSB) e Eli Borges(PMDB).

Outros pré-candidatos estão com os nomes nas ruas, lançados pelos seus partidos, como é o caso do PP e do PC do B. Mas podem compor, ao invés de enfrentarem candidatos melhor estruturados e representando grandes forças políticas com ligações no governo, na prefeitura, ou no Senado.

Rumos do PR a serem definidos

De férias , o senador João Ribeiro deve retornar à Palmas na próxima semana, quando afunila discussões internas sobre os rumos que o partido tomará na capital e nas principais cidades do Estado. O PR tem ainda um senador - Vicente Alves – diversos prefeitos, e pré-candidatos com a intenção de disputar, e pouca disposição de rompimento com o governo.

Resta saber se o Palácio Araguaia assimilará a divisão da base em Palmas. E isto vai depender de como será construída a pré-candidatura de Luana Ribeiro ( à frente de Nilmar e de Damaso na pesquisa Ibope divulgada recentemente), se com adversários de morte do governador Siqueira Campos(a turma do PMDB), ou se com adversários eventuais ( os rebeldes do PT).

De Dimas em Araguaína, a Goiaciara em Gurupi, muitos esperam um acerto ou desacerto do PR de Ribeiro com o PSDB de Eduardo e Siqueira. As eleições de 2012, inegavelmente passam por Palmas. E quase todas as articulações deste morno janeiro ainda dependem de como ficará esta relação.

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