A missão da JICA que chega hoje ao Tocantins, e será recebida pelo governo vem cumprir uma etapa importante do que será um "negócio da China",ou melhor do Japão para o povo do Sudeste e Sul tocantinenses.
A agência japonesa vai viabilizar um empréstimo que chega em duas etapas a uma taxa de juros inacreditável. Na primeira, o banco de projetos que vão ajudar aplacar a sede sai por U$ 30 milhões, sendo U$ 25,5 de fonte internacional e U$ 4,5 do Tocantins.
O objetivo é atender a uma região que vem ganhando as manchetes estaduais e nacionais há dois anos, sempre que pára de chover. O Sudeste tocantinense nunca foi uma região rica. Tem muita água, nos rios e um alto índice de chuvas, mas seu solo não permite a retenção desta água, e depois que pára de chover, a maioria dos rios deixa de correr.
A solução, cantada e divulgada pela área técnica do governo é de que é preciso criar estruturas de reservação. Isto quer dizer barragens, pequenas ou grandes, para falar na linguagem que o povo entende. A área no entanto é grande (somadas à região Sul, que também já sente o efeito da estiagem)chega a 90 mil km2.
Agora, emergencialmente o governo quer comprar jogos de perfuratrizes, equipamentos que vão servir para escavação de poços artesianos no seco sertão do Sudeste.É para isto que o dinheiro japonês será usado. Para atender as demandas levantadas e que serão mitigadas através do Propertins - Projeto de Perenização de Rios do Sudeste do Tocantins.
É uma oportunidade única, que só chega por que o primeiro mundo se preocupa com a crise de abastecimento e quer ajudar os paises emergentes a resolverem seus problemas de produção.O Brasil, que seguramente assumirá o papel de celeiro mundial na produção de grãos, tem suas grandes áreas inexploradas no interior. Este lugar é aqui.
Ao financiar estas estruturas, os japoneses querem chegar ao resultado do aumento da produção de alimentos. O povo do Sudeste quer ter água para beber e dessedentar o gado. Vai ser possível fazer as duas coisas, num prazo médio. Portanto, é hora de receber bem os japoneses, para dar o salto que o Tocantins precisa.
Roberta Tum
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