Liberato segue mesmo caminho de Willamara e faz mudança para Goiânia: os efeitos da Maet na vida dos afastados

Depois da desembargadora Willamara Leila, ex-presidente do Tribunal de Justiça, foi a vez de Liberato Costa Póvoa trocar Palmas por Goiânia. Os dois, além do desembargador Carlos Souza, afastados de suas funções por ocasião da Operação Maet, já sente...

Não deixa de ser uma condenação prévia pela opinião pública os efeitos que sofrem na rotina diária de suas vidas os três desembargadores afastados por determinação do STJ, por ocasião da deflagração da Operação Maet em dezembro passado. A primeira a deixar Palmas e se refugiar no anonimato em Goiânia enquanto aguarda o desenrolar das investigações envolvendo liberação de precatórios e outras sentenças, foi a desembargadora Willamara Leila.

O segundo a mudar de endereço, conforme informaram fontes do Site Roberta Tum na manhã desta segunda-feira, 16, foi o desembargador Liberato Costa Póvoa. O motivo para deixar Palmas de mala e cuia rumo à Goiânia nas últimas semanas, colocando à venda, inclusive, seu imóvel residencial seria um só: a animosidade provocada pela suspeita de venda de sentença, a que responde em processo sob segredo de justiça.

O sofrimento de familiares, expostos à cobrança da sociedade por supostas condutas criminosas que teriam sido praticadas pelo desembargador no exercício da função ( e que ainda estão sob investigação) teria motivado a mudança de endereço. E a vontade, segundo amigos próximos, de não voltar a viver mais no Tocantins mesmo que o resultado final do processo não aponte como punição a perda das funções.

Pressão para prorrogar

O fato é que os seis meses determinados para afastamento de Willamara, Liberato e Carlos Souza está chegando ao fim, conforme noticiamos semana passada. Dentro de exatos 30 dias isto ocorrerá. Mas, ao que indicam também fontes de bastidores, há uma forte pressão pela prorrogação do período de afastamento, pelo motivo simples de que as investigações não parecem caminhar para dados conclusivos neste prazo.

O retorno dos desembargadores ao TJ é uma hipótese considerada remota por entendedores do assunto. A voz corrente é que, mediante toda a exposição pública das suspeitas, a alternativa mais amena para os três seria a aposentadoria. Parece ser o caminho que pretende tomar Liberato Póvoa, desde a decisão da mudança para Goiânia.

Os três desembargadores deixaram de utilizar os números de celulares antigos, e têm sido cercados de todo cuidado por familiares e advogados de defesa.Não é fácil conseguir ouví-los sobre o assunto. Até por uma questão de estratégia da defesa.

Constrangimento é real, e ainda faltam as respostas...

Num episódio constrangedor para todos eles, e especialmente angustiante para toda a sociedade tocantinense, uma vez que coloca em dúvida a execução da Justiça para todos, sem benefício de alguns por algum favorecimento financeiro, ainda falta uma resposta esclarecedora sobre este assunto.

A punição, começa a chegar para os afastados, sob o manto da vergonha pela exposição com a perda temporária do exercício da função. Mas para os tocantinenses ainda falta saber, com clareza, qual o grau de responsabilidade de cada um nas suspeitas levantadas.

O que realmente aconteceu? Tomara que as respostas venham logo. Até por que, os suspeitos já sofrem efeitos da humilhação pública e da vergonha. E o Tribunal de Justiça, por outro lado, tenta não deixar recair sobre si, o manto da suspeita.

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