Luana, firme no jogo, pode ser anunciada nas próximas semanas

O encontro de formação política do PR realizado na sexta-feira na Assembléia Legislativa teve uma programação interessante voltada para os pré-candidatos do partido: legislação eleitoral e marketing. Conduzido pela presidente do partido em Palmas, e ...

A demora por parte das oposições em definir um nome para enfrentar Marcelo Lélis(PV) nas eleições de outubro deste ano está criando a cada semana, uma teoria diferente nos bastidores da política da capital, para onde se voltam a maioria dos olhares do Estado, pela importância que tem num equilíbrio de forças ou reforço do grupo governista para 2014.

A última que ouvi é que haveria uma grande estratégia em curso para lançar um novo nome no processo de Palmas: o da ex-primeira dama, Dulce Miranda (PMDB). Para isto estariam todos combinados: João Ribeiro, Raul Filho e Marcelo Miranda.

Pois bem, não é verdade.

Ouvindo a deputada Luana Ribeiro no evento de sexta-feira na Assembléia, e ouvindo especialmente seu pai, num discurso forte o bastante para não deixar dúvidas, dá para perceber que o PR está definidíssimo na capital: terá candidatura própria.

Que dúvida pode persistir depois da fala forte do presidente do PR, senador João Ribeiro? “Não precisa mais me perguntar quem é meu candidato. Eu já falei, já dei nota (...) O PR terá candidatura em Palmas” E mais à frente: “Luana, conte comigo, conte com seu pai. Vou fazer tudo que estiver ao meu alcance”.

Definição de Raul, cada vez mais próxima

E o que está faltando então para que esta candidatura seja anunciada oficialmente para que comece a construção das alianças em torno do nome de Luana? A retirada da pré-candidatura do vereador José Hermes Damaso (que não se viabilizou) e uma atitude mais positiva de Raul, que tem hoje através de Ivory, a maioria do diretório do PT.

Sim, por que a esta altura, se não há dúvidas do caminho traçado pelo senador, falta a mesma positividade por parte do prefeito Raul, que ainda não anunciou que o PT estará ao lado de Ribeiro para o que der e vier.

Nos bastidores, não há dúvidas de que os dois líderes caminham juntos. Na sexta-feira Raul tomou café com Ribeiro antes de ir à Araguaína fazer uma palestra sobre gestão. No sábado foram juntos para a chácara do senador, tratar de política. Junto com o prefeito, o presidente da Câmara, e principal nome que o PT tem na capital para uma composição: Ivory de Lira.

O que está faltando para engrossar o caldo em torno do nome de Luana como alternativa ao nome de Marcelo Lélis nos próximos dias é justamente algum sinal de definição do prefeito.

Para Raul não é tão simples, justamente pelo grupo que o acompanhou até aqui. O PSB, do reitor Alan Barbiero, colaborou fazendo o isolamento do deputado Wanderlei Barbosa. E o partido caminha cada vez mais perto do governo. Já o PDT, de Edna Agnolin e o PMDB de Eli Borges são duas dúvidas.

O PMDB acenou através das palavras de Júnior Coimbra naquele encontro da semana passada, com uma composição. Edna Agnolin por sua vez pode ou não compor, mas nos bastidores não esconde a insatisfação em deixar de ser candidata para apoiar outro nome que não seja os que fizeram aquele acordão lá atrás na reeleição de Raul.

De toda forma a indefinição é má companheira. Lá atrás em 2009, quando os nomes de Siqueira, Kátia Abreu e do próprio João Ribeiro mostravam índices próximos de intenção de voto nas pesquisas prévias, Siqueira não deixou dúvidas de que seria candidato. Naquele histórico almoço na casa da senadora, pediu desculpas mas disse que não discutiria outra possibilidade que não a de ser candidato a governador, estava determinado.

A partir daí quem quis compor, discutiu outras alternativas. Resguardadas as proporções e diferenças, Luana está no jogo como candidata com as condições de enfrentar Marcelo Lélis. Está faltando dizer que vai mesmo para as urnas, com aqueles que quiserem acompanhá-la. 

Disposição pessoal ela demonstra ter. As condições de enfrentar a disputa também. Agora precisa mostrar que tem a coragem suficiente para chamar o jogo para si. As pesquisas qualitativas mostram que o eleitor quer votar num candidato ou candidata com estas características: independência, coragem e capacidade de realização. Quem quiser de fato ter chances de governar Palmas não pode se perder no mar de indefinições em que navegam as oposições em Palmas.

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