Machado quer deixar a marca do planejamento no governo

O vice-governador do Estado, empresário Eduardo Machado, está à frente do governo do Tocantins na interinidade, até o retorno do governador Carlos Gaguim(PMDB), da viagem que faz aos Estados Unidos e à Índia. Conversando com jornalistas, Machado tem ...

Algumas instituições internacionais - especialmente bancos com capacidade de aportar recursos aqui - tem cobrado do Estado do Tocantins, seu planejamento estratégico para as próximas duas décadas. Ouvi isso do vice-governador Eduardo Machado na primeira reunião do secretariado com o governador Gaguim, 30 dias após a formação do governo. O problema é que o Tocantins não tem este documento pronto.

 

O planejamento feito nos últimos anos, se limita a ações de governo previstas a médio e curto prazos. Na ocasião, Machado - que traz do mercado a visão empresarial de crescimento - fez uma comparação. Grandes empresas como a Toshiba, por exemplo, têm planejamento para os próximos 50 anos.

 

Se as empresas se programam assim, projetando o que mudará no mundo e como elas deverão se adaptar a estas mudanças, por que não o Estado? A reflexão é importante. São os governos que têm sob sua responsabilidade preparar as novas gerações, através da educação, preparar mão de obra, e principalmente projetar as necessidades da população para os serviços públicos essenciais.

 

As vantagens do planejamento

 

Buscando um exemplo bíblico, Salomão só conseguiu vencer os sete anos de seca vividos pelo seu povo, armazenando alimentos. Noé só construiu a arca por que pode prever - à sua maneira - que o dilúvio viria. E nós, na atualidade, dispondo de instrumentos avançados, pesquisas e de todas as evoluções tecnológicas e recursos da ciência?

 

Hoje, mais do que nunca, é possível prever o futuro quando se trata de demandas sociais e econômicas. O fato é que não se pode trabalhar em gestão pública com os olhos voltados apenas para as necessidades presentes.

 

Lançar um olhar adiante, prever e planejar as coisas, é fundamental para quem deseja ocupar seu lugar no mundo. Se a regra é esta para profissionais e empresas, mais ainda para um estado do porte do Tocantins.

 

Quebrando paradigmas

 

O desafio que o vice-governador tem pela frente - considerando que ele tem o aval do governador Gaguim para dar este choque de gestão na máquina pública – é grande. Heterogêneo demais, o primeiro escalão do governo vive o dilema de ajustar a máquina agora.

 

Ano que vem, o estado será lançado numa nova corrida eleitoral. Diante deste cenário, fazer com que cada pasta reflita sobre o futuro e faça planejamento a longo prazo, parece um sonho difícil de alcançar. Tomara que Eduardo Machado não se renda à estas dificuldades. O Tocantins com planejamento, pode estar na ponta do desenvolvimento no interior do Brasil dentro de alguns anos. Nós torcemos por isto.

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