Magistrados abrem a porta para uma relação mais próxima com a imprensa: ganha o interesse público

Não tem sido fácil para o judiciário tocantinense passar pelo processo de questionamento público, dúvidas quanto à lisura do comportamento de seus membros, e tudo o mais que desencadeou-se ao longo dos dois últimos anos em se tratando de matérias jor...

É um processo difícil, lento e sofrido, que se avolumou com as denúncias ao CNJ sobre o comportamento de desembargadores, ainda da deflagração da Operação Maet em dezembro de 2010.

 A luz que se fez sobre as trevas da desinformação desde a abertura política e do fim do regime militar no Brasil demorou, mas chegou também para iluminar as mazelas ocorridas no Judiciário. Tudo isto foi muito bom para a sociedade brasileira.

 Nada mais é proibido investigar, checar publicar. Nada mais é proibido questionar, inclusive a própria imprensa que publica, questiona e critica Executivo, Legislativo e Judiciário. Vivemos um período de ampla e total democracia no pensar e no expressar o pensamento.

 É neste contexto - de compreender o que antes estava oculto, de desvendar o que antes era proibido - que todas as iniciativas do Judiciário em se auto corrigir, em "cortar na carne" para expurgar do seu meio os que estão a serviço de outros interesses que não aqueles que juraram manter e preservar foram bem recebidas pela sociedade.

No Tocantins, onde em geral o acesso a informações processuais, e aos próprios magistrados historicamente tem sido uma coisa difícil, chega em boa hora a iniciativa tomada pela Asmeto no último sábado de se abrir para uma relação mais profícua com a imprensa.

 É preciso que os jornalistas compreendam não só o rito pelo qual passam os processos, mas que saibam como funciona o Judiciário, quem são os juízes, o que estão julgando, com que celeridade.

 Ninguém quer reinventar a roda, mas como a imprensa tem entre os seus objetivos ser os olhos e os ouvidos do leitor,sua presença de forma mais tranquila e claramente compreendida entre os magistrados e no meio jurídico facilita a compreensão dos que não frequentam os tribunais.

 É óbvio que tudo que se mostra, se expõe a ser mais criticado, a ser eventualmente questionado e até a ser corrigido, mas faz parte do jogo democrático. Por tudo isto, num momento difícil para o Judiciário tocantinense, abrir a porta para a transparência de seus atos é um gesto e tanto.

 Por tudo isto, num momento difícil para o Judiciário tocantinense, abrir a porta para a transparência de seus atos é um gesto e tanto.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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