Flexibilidade para assistir às aulas, mensalidades mais baratas e ausência de gastos com transporte e alimentação fazem da modalidade EAD ser opção para milhares de estudantes. Por esses e outros motivos, a educação a distância (EAD) apresentou aumento de 428% nas matrículas no ensino superior através dessa modalidade de ensino, nos últimos anos, segundo levantamento da Educa Insights.
Mesmo antes da pandemia, em 2019 a rede privada de ensino superior já havia registrado o ingresso maior nas vagas das graduações a distância. O avanço representa a democratização de ensino possibilitada pelas aulas on-line.
Na avaliação do diretor-presidente da Associação Brasileira de Mantenedoras do Ensino Superior (Abmes), Celso Niskier, este é um avanço positivo “porque os cursos têm uma capilaridade maior, chegam onde o presencial não consegue e dão muitas oportunidades de acesso à educação superior para os menos favorecidos economicamente”.
Para Niskier, o avanço é resultado do investimento tecnológico que as instituições de ensino vêm adotando. “As instituições investiram muito em software, internet, compraram equipamentos para dar condições de ensino, mas a rede pública patinou um pouco e depende de investimento”, avalia.
O levantamento ressalta que em 2020 os iniciantes nos cursos a distância ultrapassaram os calouros nos cursos presenciais, assim, dos mais de 3,7 milhões de novas matrículas em instituições públicas e privadas, mais de 2 milhões (53,4%) foram para cursos a distância e 1,7 milhão (46,6%) para os presenciais.
Entre as áreas dos cursos a distância com maior interesse dos estudantes, a área da saúde avançou 78% em relação a 2019, com mais 78.527 estudantes. Segundo o levantamento, os cursos EAD mais procurados em 2020 foram Farmácia, Biomedicina, Nutrição e Enfermagem.
“Acredito que vamos construir um modelo de EAD que seja bom para o país, por causa da flexibilidade, da acessibilidade que proporciona, e que garanta os padrões de qualidade exigidos”, enfatiza o diretor da Abmes. Em relação aos cursos de saúde, ele ressalta que defende as atividades presenciais e as práticas, que não é a favor de um curso 100% a distância.
Fonte: Agência Educa Mais Brasil
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