Na manhã desta terça-feira, 24, avançaram as articulações em torno da chapa que disputará a presidência do PMDB com o grupo do deputado federal Osvaldo Reis, presidente atual, que conta com o apoio do governador Carlos Gaguim (PMDB). Será mesmo o ex-governador Marcelo Miranda o candidato à presidência, conforme uma fonte ouvida pelo Site Roberta Tum.
O tripé formado por Moisés Avelino, Derval de Paiva e Marcelo Miranda está fortalecido desta vez, mais que pela vontade. É uma questão de necessidade garantir o comando da legenda para não ficar à margem do processo de 2010.
Nos bastidores os motivos para o lançamento desta candidatura são vários. O principal é que a aliança Gaguim/João Ribeiro não é bem vista por uma ala significativa do PMDB. Sabedores de que o compromisso de Gaguim com Reis está mais do que selado, e de que o PMDB pode ser levado a apoiar Ribeiro em 2010, a ala “escanteada” decidiu se unir em torno do ex-governador.
Leomar X Marcelo
Outra coisa que se ouve muito é que no PMDB de Gaguim não há legenda para Marcelo ser senador. O pleito de Leomar Quintanilha pela reeleição só colocou mais lenha na fogueira. Embora minimize a questão dizendo à imprensa que “são duas vagas”, os marcelistas sabem que a segunda é a vaga da composição.
É sabido também que Quintanilha, por hora, não aceitou a missão de se candidatar a deputado federal dividindo os votos da educação para tentar barrar a eleição de Dorinha Seabra. Esta, alojada no DEM da senadora Kátia Abreu, aguarda o momento de testar o prestígio obtido com sua gestão à frente da pasta da Educação nos últimos anos.
Bastidores
Nos bastidores é sabido que alguns deputados não deixaram de freqüentar a casa do ex-governador. A força dos Miranda em diretórios do interior também não foi de todo minada pela composição do governo, que abrigou os companheiros abrindo para eles espaços e cargos na estrutura administrativa.
A chapa que vem aí para dividir os votos de peemedebistas entre Marcelo Miranda e Osvaldo Reis, na prática tenta barrar o avanço da aliança do governador Gaguim com João Ribeiro, referendada por Reis.
No flash back, não é difícil lembrar a reação do então governador interino na histórica reunião de “lavação da roupa suja” que aconteceu no PMDB antes da convenção. De lá vimos sair um Gaguim nervoso, bradando em alta voz que a presidência do PMDB era “inegociável”.
Pelo visto esta briga ainda vai dar muito o que falar, por tudo que representa, e pelo que está em jogo, daqui até a eleição, em 6 de dezembro.
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