O mutirão contou com a colaboração de cerca de quinze médicos, que trabalharam de forma voluntária, além do quadro de enfermagem e equipe técnica. No total cerca de quinhentas mulheres foram atendidas com exames preventivos da mama e de colo de útero. De acordo com a presidente da Liga Feminina Elaíse Presbítero, os exames serão encaminhados para a Instituição que fará o acompanhamento, caso a doença seja diagnosticada.
De acordo com o Instituto Nacional do Câncer, o câncer de mama é o segundo tipo mais frequente no mundo e o mais comum entre as mulheres, respondendo por 22% dos casos novos a cada ano. No Brasil, as taxas de mortalidade por câncer de mama continuam elevadas, muito provavelmente porque a doença ainda é diagnosticada em estágios avançados. Segundo estimativas nacionais só neste ano cinquenta e sete mil novos casos da doença devem aparecer no país por isso à importância do diagnóstico precoce.
De acordo com o Médico Oncologista Dr. Jorge Saade, a prevenção deve ser constante, porém a maior incidência é depois dos 50 anos. Segundo ele entre as várias formas de prevenção estão as primarias e secundárias; álcool e cigarro são fatores de risco importantes, sem contar na alimentação inadequada. “Devemos mudar o estilo de vida com a prática de exercícios físicos, comer sempre frutas e verduras e é claro estar sempre com os exames em dia”, afirmou. De acordo com a ginecologista Mariana Sousa o ideal é que a mulher faça a mamografia anualmente, porém o auto-exame deve ser mensal, porque facilita a identificação de alguma alteração, possibilitando o diagnóstico precoce.
Luciene Pereira da Silva Sousa, de 32 anos, nunca tinha feito o exame de mama, somente o de colo de útero, segundo ela conseguir vaga na saúde publica é muito difícil e por isso considera a oportunidade valiosa, “me preocupo pelos meus filhos, já tirei um ovário por falta de prevenção e não posso cometer o mesmo erro”, afirmou.
A dona de casa Luzia Brito nunca teve casos de câncer na família, mas reconhece a importância do cuidado diário. ”Tento tirar todos os hábitos que fazem mal a saúde e mantenho os preventivos em dia”, afirmou. Já Maria das Dores, de 54 anos, já perdeu a avó por câncer de mama e até hoje nunca havia feito o exame, saiu com o diagnóstico de um nódulo, que a deixou apreensiva, mas mesmo com medo ela saiu satisfeita, pois sabe que caso tenha a doença, quanto mais cedo iniciar o tratamento, melhores os resultados no tratamento.
Para Suzana Saade, uma das idealizadoras do projeto, dar a oportunidade a paciente de descobrir se está tudo bem com ela é uma grande realização, “estamos a 14 anos lidando com pessoas com câncer, pessoas que passam talvez pelo momento mais difícil de suas vidas e por isso merecem toda atenção e carinho; nos sentimos felizes com a superação de cada uma delas e mais felizes ainda em poder oferecer um atendimento completo com quimioterapia, e em breve hospitalização e radioterapia, com funcionamento na Clínica Oncológica de Palmas previsto ainda para o fim deste ano”, afirmou.
Cleonice de Oliveira Barbosa, de 46 anos, descobriu que estava com câncer em 2011, primeiro foi de mama, depois no osso externo e ainda no pulmão. Ela ainda faz tratamento e está muito bem, hoje atua como voluntaria na Liga Feminina de Combate e Prevenção do Câncer. “Foi muito difícil, mas com o apoio da família e a fé que tenho em Deus consegui amenizar a dor, acredito que estamos destinados a passar por isso e a minha mensagem para quem está iniciando esse processo é não deixar se abater, levantar a cabeça e tocar a vida”, disse ela.
Durante todo o mês a Clínica Oncológica de Palmas realizará uma série de ações, sendo: palestras semanais, panfletagem educativa em vários pontos da cidad, entrega de brindes e sorteio de uma linda cesta recheada com artigos femininos.
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