Na pauta da Assembléia, mais barulho com aviões: estado deixou de pagar por aeronave parada

O que começou ontem como mais uma crítica da oposição ao governo, no retorno dos deputados ao trabalho parlamentar após o recesso do mês de julho, deve ganhar novamente a tribuna na sessão desta quarta na Assembléia: a contratação da empresa de táxi ...

Os gastos do governo do Tocantins com aviões sempre foi tema de calorosas discussões entre oposição e situação. Desde que o grupo siqueirista estava na oposição ao governo Marcelo Miranda. Agora, que as posições se inverteram, a contratação da empresa de táxi aéreo Heringer está no centro da polêmica.

Da tribuna, ontem, o deputado Stálin Bucar(PR), que se mantém na oposição ao governo (com algumas variações de discurso no primeiro semestre) abriu fogo contra a contratação, com vários argumentos. Alega ele que os gastos são exorbitantes, e que antes de chegar ao governo o ex-senador Eduardo Siqueira havia criticado a prática, pelo então adversário, de contrato com valores próximos dos que agora estaria contratando.

Pois bem. Parece que o comparativo não pode ser feito de forma simples assim, e se feito no rigor dos números não será tão favorável ao argumento de Bucar. Que de quebra – bem ao seu estilo - acusa o governador de estar “saqueando” o Estado. Parêntese: ouvi ontem de um tucano de alta plumagem, inconformado: “quem é ele para falar em saque, diante dos últimos acontecimentos envolvendo o próprio filho?”

Pagando hora voada, ao invés de aeronave parada

Mas, de volta aos aviões, o que o governo vai dizer hoje através dos seus deputados, e com propriedade, é que a utilização dos serviços da citada empresa de táxi aéreo se dá por um registro de ata de preços. O que não obriga o governo num contrato, mas estabelece um preço a ser praticado. E por hora voada. Diferente do passado, em que aviões de grande porte que ficavam à disposição do Estado, tinha garantia de horas de vôo.

Resumindo a ópera o Estado pagava de seus cofres –nosso suado dinheiro de arrecadação de impostos – para avião ficar parado. Voasse ou não, o proprietário dos aviões tinha a garantia de faturamento.

Por outro lado, ao que parece, os números fornecidos também não batem muito. O governo teria empenhado algo na casa dos R$ 2, 6 milhões para utilizar nos cinco meses que restam deste ano. E não 12, ou 22 milhões.

É como se vê: no comparativo de números, às vezes o governo atual ainda fica no prejuízo com relação à gestão passada. Em outros casos, como este barulho todo dos aviões, a conta não é tão favorável assim, se observadas as regras para contratações, antes e agora.

Vamos ver o barulho que estes aviões ainda vão render na Assembléia nesta quarta. Volto mais tarde. Por que sem dúvida, entre as asas e o trem de pouso, ainda tem muito mais revelações do que podemos supor.

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