A campanha em Palmas começou com a temperatura em alta.Um amigo, também jornalista definiu com uma frase: "dividiram a máquina". Eu complementaria: são duas estruturas de governo se degladiando para fazer o próximo prefeito de Palmas, e a UT correndo por fora. Nesta guerra, em que Nilmar conta com o apoio do Palácio Araguaia, e Raul com o paço municipal mais o apoio da esfera federal, a primeira semana foi melhor para o petista. Os fatos políticos criados pela dupla Darci Coelho/Adjair de Lima foram muito impactantes junto à opinião pública.
Nilmar começou sua caminhada pelo comércio e veículos de imprensa. Marcelo Lellis, por definição o candidato mais leve, ainda faz campanha tímida, mas tem baixa rejeição e muito espaço para crescer. De toda forma, Lellis e tudo que sobrou da força da União do Tocantins só entra em campo com a inauguração de seu comitê nesta segunda.
O fato é que a base governista também rachou. E isto aconteceu quando o PDT foi com Raul. Piorou com o enfrentamento dos grupos do PMDB, em que o palaciano venceu o curraleiro. Mas, todo mundo sabe em Palmas, que o velho PMDB tem votos, tem história. E este está no palanque de Raul.
A campanha em Palmas está um Deus nos acuda, verdade seja dita. Para vencer, Nilmar precisa mais do que o apoio de Marcelo e Dulce. Precisa de todos os amigos de Marcelo e Dulce. Mas para ter este apoio vai ter que pedir. Afinal, política não se faz por decreto,e a ex-prefeita sabe disto.
Ainda faltam muitas semanas para a reta final,e o programa de TV só começa em agosto. Para os que acham no entanto que vai bastar um bom programa eleitoral, vale o aviso: a eleição de Palmas se define muito mais fora da TV do que nela. Ela passa pelo alinhamento de lideranças, pelo convencimento dos companheiros, pela conquista dos formadores de opinião. Ah, e não se pode esquecer: pela imensa massa de servidores públicos. Estes que definiram a eleição de governo. Pelo menos por enquanto eles estão à margem do processo.
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