O governador Carlos Henrique Amorim, o Gaguim (PMDB) tem compromisso, interesse e vontade política para homologar o concurso do Quadro Geral do Estado. Isso já foi dito por ele e sua assessoria diversas vezes, em momentos distintos de todo este processo de questionamento sofrido pelo certame. O caso é que já cresce na mídia o volume de denúncias lançando dúvidas, de novo, na lisura do concurso.
Só o que permite a nulidade do concurso é o comprometimento das condições de igualdade Isonomia) para todos os participantes. Erro em questão? Anula-se a questão. Faltou imprimir perguntas? O remédio é o mesmo, e recalcula-se a pontuação. Enquanto os erros do concurso revelarem a incompetência de quem formulou e corrigiu as questões, e a omissão de quem devia conferir e não o fez, o dano não é tão grande.
O problema é que começam a surgir suspeitas de que alguém, atuando na logística de organização e distribuição das provas, possa ter vazado informações. Daí eu pergunto: como assim? Os envelopes foram violados? Sumiu algum? Como é que alguém que está organizando salas e distribuindo pacotes fraudou o concurso do Quadro Geral?
Caso de polícia
Antes que se faça tempestade em copo d’água, acusando e nominando pessoas que supostamente cometeram a fraude de trabalhar na logística do certame tendo parentes concorrendo a vagas, é preciso investigar. E isso é assunto de polícia.
Caso se identifique vazamento de informações, efetivamente, com privilégio para uns em detrimento de outros, o concurso estará de fato comprometido. E aí, nem com toda boa vontade do mundo, o governador terá condições de homologá-lo.
Mas até que se prove isso, o clima de “anulem o concurso” é danoso – novamente - para mais de 100 mil pessoas, e famílias envolvidas nisto. É preciso cuidado por parte de quem acusa. O dobro de cuidado da parte de quem publica. E manter os olhos muito abertos para que os recursos financeiros, humanos do governo, e todo este tempo de espera e investimento por parte dos candidatos não vá parar na lata do lixo.
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