O que presenciamos por parte de alguns senhores deputados estaduais esta semana foi algo duro de ver, duro de ouvir e, mais ainda, duro de ter que agüentar e conviver. Foram ofensas cruéis entoadas por pessoas abaladas, discursos decadentes e sem exatidão alguma. Em suas acusações confundiram sete com setenta e desrespeitaram a memória do Estado.
Por conta da possível contratação, por Siqueira Campos, do publicitário Duda Mendonça, responsável pela primeira campanha que ascendeu Lula à Presidência da República - o mesmo Presidente que os senhores deputados apóiam em parceria com o atual governador, regados a juras de amor-, desferiram uma chuva de acusações arrogantes contra o senhor Siqueira Campos que, é lógico, resultarão em vários processos na Justiça Comum.
A visão que alguns políticos ainda insistem em cultivar é a de que, após assumirem um mandato político, o seu sangue muda de cor. De vermelho a azul, num passe mágico, transformando-os em reis e rainhas. Alguns, para se manterem na moda, aprendem até a gaguejar, como foi declarado na Tribuna por um deputado no dia da votação para eleger o atual governador Gaguim para o seu mandato tampão. Por incrível que pareça, pasme, isso abre portas hoje em dia.
Aliás, esses posicionamentos dos senhores deputados são mais flutuantes que os preços de verduras em feira livre. Quando Marcelo Miranda era governador, com exceção de alguns deputados, a maioria que hoje apóia Gaguim era defensora do seu governo. Eram elogios e mais elogios ao governador. Alguns deputados só não gaguejavam porque essa não era uma característica de Marcelo.
Os senhores que estão deputados e esta semana ofenderam um grande Estadista precisam entender que a Tribuna da Assembléia Legislativa do Tocantins deve ser usada por motivos nobres. Causas justas. Cobranças fundamentadas. Por exemplo, agradeçam a Siqueira Campos por ter transformado em Tocantins um pedaço da Natureza. É justamente neste lugar que os senhores vivem e criam suas famílias. É justamente este lugar, criado por ele, que os senhores não estão conseguindo se quer gerenciar. A gratidão eleva o espírito.
Falar alto, pintar o cabelo, encharcar a camisa em um discurso exaltado, utilizar meia dúzia de adjetivos, cuspir na platéia enquanto se berra ao microfone, isso não faz de ninguém um político de sucesso.
Não existe jardim de uma flor só. Cada flor, cada planta, cada estilo compõem o conjunto a ser chamado de belo. Assim também o é na política, ou, pelo menos, teria que ser. Os estilos e as diferenças teriam que, supostamente, compor o belo. Esse belo poderia ser, por exemplo, um sistema democrático que funcionasse a independente das diferenças ideológicas. Um princípio básico para que esse algo democrático funcione, é cultivar o respeito ao próximo, independente de quem quer que estejamos falando. O mundo que tanto sonhamos e os senhores deputados tanto pregam em seus discursos, parece estar muito distante das suas mentes e realidades. Da nossa realidade, pelo menos, no que depender de vocês, é uma simples ilusão copiada e quase apagada que definham os poucos fios de esperança que ainda sobram em nós sobre as figuras de Vossas Excelências.
Como empresário, cidadão e ser humano que sou, me encontro assim como muitos tocantinenses da região sul do Estado, indignado com as ofensas desferidas ao senhor Siqueira Campos por alguns senhores deputados estaduais do Tocantins.
A população está cansada de ouvir bizarrices sobre a política nacional. Em minha opinião, e de algumas pessoas que conheço, afirmo que, também, queremos ouvir coisas construtivas. Infelizmente, hoje, a política brasileira encontra-se abalada por tantas denúncias. O tema corrupção causa enjôo por todos os lados. A própria definição da palavra é repugnante. A palavra corrupção deriva do latim corruptus( isso parece nome de carrapato) que, numa primeira acepção, significa quebrado em pedaços e numa segunda acepção, apodrecido, pútrido. Por conseguinte, o verbo corromper significa tornar pútrido, podre.
O que a população deseja é ver exemplos de homens firmes como foi o caso do Senador João Ribeiro durante esta semana. Após analisar os rumos dados ao governo do Tocantins, entendeu que o povo o quer com outro posicionamento, e ele teve humildade e sabedoria para tomar uma decisão. O Senador João Ribeiro tem realizado um trabalho grandioso pelo Estado. Inclusive, todas as portas abertas junto ao Presidente Lula para o Estado nos últimos tempos, foram abertas por João Ribeiro. A este imprescindível líder, inclusive, presto minha solidariedade. Aguardamos ansiosos o seu retorno à União do Tocantins.
Nosso sistema necessita de homens que tenham propostas reais e realizáveis. E, principalmente, crédito para realizá-las. A Democracia que usufruímos foi conquistada a duras penas. Devemos valorizá-la e não procurar metralhar o vento no desespero da falta de projetos, créditos e idéias.
O que a população deseja, e não é em sonho, é que os políticos se mostrem e atuem como pessoas sérias. Chega de conversa. Acima de tudo e daqueles que brincam com a paciência das pessoas, estão os Direitos do cidadão.
Com essas acusações inconsistentes foi plantada a semente do desespero. Vai depender agora, dos mesmos que plantaram essa semente, a decisão de regá-la ou não. De qualquer forma a situação dos senhores acusadores é difícil: se regarem a semente do desespero, a árvore ficará frondosa e fará sombra para o novo governo de Siqueira Campos. Se matarem a semente é crime ambiental. É eu realmente não queria estar na pele dos senhores.
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