O eleitor comum e a falta de esperança

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A campanha eleitoral começou em todo o Tocantins. Há municípios onde a disputa é forte e o quadro inédito, como em Palmas, onde três forças se enfrentam. Há outros em que todos os partidos se uniram em torno de um só nome, e não haverá disputa, mas consagração.

 Observando tudo isto, e sempre curiosa, andei perguntando a pessoas comuns, no lavajato, na feira, na padaria, o que estão achando dos candidatos este ano. A resposta mais comum, é "não sei", "não conheço todos os candidatos", ou "conheço de ouvir falar". Quando se pergunta em quem o cidadão vai votar então, é que a indefinição é mais evidente.Mais do que indefinição, o que se pode perceber é um imenso desinteresse e apatia por grande parte do eleitorado.

Na verdade, existe uma parcela da população que vive política diariamente. São servidores públicos mais enfronhados no processo, gente que vive ou já viveu dentro das casas legislativas, líderes sindicais ou comunitários, ex-candidatos, eternos candidatos e assessores. Não arriscaria mensurar quanto eles representam do eleitorado.

Mas uma coisa é certa: são minoria. Este grupo de politizados já entra na campanha definido. Uns por que prtencem a um dos três grupos: governo, prefeitura e UT. Outros por que devem algum tipo de favor a alguém, e vão pagar com o voto. Outros, flutuantes, estão esperando "a melhor proposta", que na maioria das vezes significa "o melhor preço".

O que me interessa no entanto é a imensa maioria desesperançada. Esse cidadão que acha que não vale a pena votar, que não vai mudar nada, ou que "tanto faz", quem vai estar lá.Na minha parca sabedoria, acho que os candidatos devem tentar falar com este eleitor. Até por que, é urgente a mudança nesta visão desesperançada da política.

Para o bem da nossa cidade.

Roberta Tum

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