O senador democrata americano, Barack Obama está efetivamente eleito para presidir os Estados Unidos da América nos próximos anos. A eleição que aconteceu ontem, terça-feira, aparentemente distante de nós, tem reflexos diretos e indiretos na economia mundial, e por consequência, na economia brasileira.
A eleição de um democrata, após a sucessão de presidentes americanos republicanos é um alívio em vários aspectos. Primeiro por que cai o conservadorismo na economia e nas relações internacionais. Segundo por que a guerra, como esteve na pauta de Bush, não é a opção de Obama.
Ninguém duvida de que a insistência numa guerra interminável no Oriente Médio, sob a justificativa de combater o terrorismo (Osama Bin Laden) e enfraquecer ditadores (Sadam Hussein) trouxe sofrimento à famílias americanas, e prejuízos graves aos cofres daquela que já foi a maior potência econômica mundial.
Caixa forte entre as nações de primeiro mundo - sempre buscada pelas emergentes como o Brasil para financiamentos diversos - a economia americana está combalida. Os analistas internacionais avaliam que Obama recebe uma herança difícil e tem dias complicados pela frente. Mas é um presidente negro - portanto compreende as minorias, os hispânicos, os imigrantes dos quais recebeu significativo apoio.
É um presidente democrata, é um pacifista. Só por estas características pode-se esperar uma convivência mais tranquila com os norte-americanos no mandato de Obama.
Vale abrir um parênteses sobre as lições que podem ser aprendidas com a política norte-americana. A senadora Hillary Clinton, que dividiu o partido Democrata na disputa pela indicação, contra Obama, terminou como sua maior cabo eleitoral. O oponente, McCain, embora derrotado nas urnas, terminou reconhecido pelo presidente eleito, como um bravo que lutou "como poucos pelo país", numa alusão ao serviço do republicano na guerra do Vietnã.
Obama acenou a McCain com reconhecimento, e este com ajuda para governar os EUA em plena crise. Coisa de gente grande, que entende que a eleição passou, e com ela as diferenças expostas na busca pelo voto. Agora resta o desafio de manter sua nação como uma das maiores do planeta.
Roberta Tum
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