O Natal sempre vai além do significado religioso, Cristão, da data em que se comemora oficialmente o nascimento de Jesus Cristo. Além dos adeptos do catolicismo e congregações luteranas, há um clima geral entre pessoas de outras religiões e até os que não se declaram religiosos, de solidariedade.
Este é o momento de dividir, de compartilhar, de presentear. Seja matando a fome de alguém, seja doando o que não serve mais, ou tirando um pouco de si para aliviar o sofrimento e a carência de alguém, a maioria das pessoas dá algo nesta epoca: presentes, comida, atenção.
Mas este ano a cidade está diferente. O movimento no comércio foi sensível, mas muita gente olhando não quer dizer muita gente comprando. Veremos nos números se foi um natal melhor do que o de 2007, mas eu duvido. Os efeitos de uma crise internacional afetando todas as economias, e inclusive a nossa,se somam a uma "crise" local.
Em Palmas, os servidores, que movimentam a economia formal e informal receberam seus salários e 13º salários. Governo e prefeitura pagaram. A "crise" a que me refiro é outra. Este ano não houveram campanhas de arrecadação de donativos para o natal dos menos favorecidos. A distribuição de cestas básicas foi bem mais discreta que em anos anteriores.E o resultado foi que muita gente ficou em casa, e passou o dia do nascimento daquele que para muitos é o salvador, esperando...
Magro, sóbrio, o natal deste ano na capital foi uma sombra dos anteriores. Sem cidade do Papai Noel, na Praça dos Girassóis ou na Praça Maracaípe em Taquaruçu. Sem presentes para as crianças, e quase sem distribuição de alimentos por parte dos governos. Cada um - individualmente - fez o que pode, onde pode e como pode. Por si e pelos outros.
Pra mim ficou a impressão de que na ressaca de um ano eleitoral faltou as pessoas se juntarem, para fazer um natal mais feliz para quem tem menos.
Roberta Tum
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