Operação Responsabilidade diminui número de adolescentes nas ruas: menores são recolhidos da Avenida Palmas Brasil

A Operação Responsabilidade deste fim de semana, com o objetivo de encontrar os adolescentes em situação de risco pelos bares da Capital, mostrou que o número de adolescentes nessa situação diminuiu. A situação denunciada em reportagem do Site Robert...

Com o objetivo de encontrar os adolescentes em situação de risco pelos bares, a Operação Responsabilidade, uma ação do Juizado da Infância e Juventude de Palmas em conjunto com a Guarda Metropolitana, Policiais Militares e Civis e técnicos da Agência de Trânsito Transporte e Mobilidade, foi realizada neste fim de semana em Palmas. A Operação teve início na noite de sexta-feira, 19  durou todo o fim de semana.

Na noite de sexta a equipe do Site Roberta Tum acompanhou a operação teve início na quadra 603 norte onde nenhuma notificação de menor consumindo álcool foi feita. Já na quadra 605 norte, os fiscais encontraram três menores sem autorização dos pais para utilizar a internet. Segundo o guarda metropolitano Fernandes, um dos menores tinha uma autorização falsificada para usar a internet.

Já na madrugada de sábado, 21, nenhum adolescente foi encontrado nos bares da quadra 404 norte. Segundo o fiscal do Juizado da Infância, Jorlan Castro, a Operação tem surtido efeito. “Já chegamos a precisar de um ônibus a disposição, em uma das Operações onde 194 adolescentes foram conduzidos e hoje graças ao trabalho desenvolvido não vemos mais adolescentes nas ruas”, destacou.

A agente de proteção Plínia Noronha informou que a função da equipe é proteger o adolescente e que a ação conquista o apoio da sociedade a cada dia. Plínia informou ainda, que o trabalho consiste em orientar não só o adolescente e os pais, mas também levar consciência aos proprietários dos estabelecimentos. “Aos poucos a sociedade foi assimilando o que é a lei. Nosso trabalho educa a população”, afirmou.

 Proprietários agradecem

O proprietário de um dos bares da quadra, Gemas Sousa, destacou que a ação proporcionou ao estabelecimento uma mudança considerável, tendo em vista, que os adolescentes levavam muitos problemas para o local. “Foi a melhor coisa que aconteceu, as brigas acabaram, minhas vendas melhoraram e eu colaboro com todo o prazer”, destacou Sousa que informou ainda que sempre que percebe que um adolescente chega ao estabelecimento pede a identidade e ao confirmar que o cliente é menor, pede para se retirar.

Em outro estabelecimento da quadra, a funcionária pública Maria dos Santos, destacou que só através da ação a sociedade pode conhecer como a as leis funcionam. “Recebo a Operação com muita alegria, acredito ser muito importante, só assim a sociedade enxerga o mau que faz para a nossa juventude, o acesso à bebida alcoólica”, afirmou.

 Menores nas ruas

Durante a Operação nos bares, a equipe recebeu o comunicado de que delinqüentes estavam na Avenida Palmas Brasil perturbando a ordem no local. Na ocasião a equipe de agentes da infância acompanhados da Guarda Metropolitana recolheram dois menores um de 14 e outro de 11 que foram encaminhados para a casa de acolhida. Outros dois conseguiram fugir durante a ação.

Os menores portavam caixa de engraxate e estavam perturbando os freqüentadores dos bares da Palmas Brasil. Sobre os meninos de rua, Castro afirmou não entender o porquê dos adolescentes preferirem as ruas do que o abrigo. “Na casa de acolhida eles tem roupas limpas, banho, acompanhamento psicológico e pessoas para cuidar deles. Não entendo porque eles preferem a rua, aqui é muito melhor”, destacou.

Na caixa de engraxate de um dos menores, os agentes encontraram uma faca que segundo Castro é usada para cometer pequenos roubos. O garoto de 11 anos informou que é a segunda vez que é recolhido, mas que não gosta do local. “Eu gosto mesmo é de ficar na rua”, informou o menor.

 Entenda a operação

 Segundo as informações do Juizado, a operação que teve início em 29 de julho do ano passado já conseguiu reduzir consideravelmente o número de crianças e adolescentes nas ruas da Capital durante a madrugada e a venda de bebida foi reduzida praticamente a zero.

Os menores encontrados consumindo álcool são encaminhados para a delegacia e aguardam o pai ou responsável buscar e caso nenhum responsável apareça o menor é entregue a Casa de Acolhida. Os fiscais do Juizado da Infância informaram que na maioria das vezes algum familiar acompanha o menor em bares e neste caso o maior é conduzido para a delegacia e só é liberado mediante o pagamento de fiança que varia de um a quatro salários mínimos.

Segundo as informações, esta já é a 56ª incursão e segundo um levantamento feito pela equipe, 95% dos  adolescentes encontrados em situação de risco são do sexo feminino. O objetivo da Operação Responsabilidade é combater as violações aos direitos, proteger e dar segurança ao menor, além de coibir o tráfico de entorpecentes, porte ilegal de armas, realizar abordagens a veículos e pessoas suspeitas em toda a área urbana da Capital.

 

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