Outubro Rosa mobiliza população e instituições na luta contra o câncer de mama

Campanha mundial faz alerta para a importância do diagnóstico precoce do câncer de mana, mobilizando empresas e orgãos públicos que possam dar contribuições em relação a esta ação mundial...

Outubro Rosa: T1 Notícias entra na luta
Descrição: Outubro Rosa: T1 Notícias entra na luta Crédito: Divulgação

No mês que marca a conscientização da sociedade na luta contra o câncer de mama, o T1 Notícias faz um passeio pela história do Outubro Rosa, convidando os leitores e leitoras a fazerem uma reflexão a respeito da importância do diagnóstico precoce e as discussões a cerca do tema.

O movimento Outubro Rosa é uma campanha mundial que visa chamar a atenção da sociedade para a atual realidade do câncer de mama. A campanha é um convite a vários segmentos da sociedade, que possam dar contribuições em relação a esta ação mundial, colorindo com seu tom rosa monumentos, pontos históricos e turísticos, órgãos públicos e empresas diversas no sentido de mostrar, de modo belo e feminino, a importância da luta contra o câncer que mais mata mulheres em todo o mundo.

 

Como surgiu o Outubro Rosa

O movimento teve início nos Estados Unidos, onde vários Estados promoviam ações isoladas referentes ao câncer de mama e ou mamografia durante o mês de outubro. Posteriormente, com a aprovação do Congresso Americano, o mês de outubro se tornou o mês nacional (americano) de prevenção do câncer de mama.
 
Historicamente, a cor rosa enfatizando a luta foi utilizada pela primeira vez em 1990, em Nova York, durante a realização da primeira Corrida pela Cura, promovida pela Fundação Susan G. Komen for the Cure, na qual foi distribuído aos participantes um laço cor-de-rosa. No ano de 1997, várias entidades das cidades de Yuba e Lodi, nos Estados Unidos, começaram efetivamente a comemorar e fomentar ações voltadas à prevenção do câncer de mama, denominando como Outubro Rosa.

Uma das ações que marcam a campanha consiste na iluminação cor-de-rosa de prédios públicos, pontes, teatros, monumentos e empresas. Não há uma informação oficial, de como, quando e onde foi feita a primeira iluminação.

No Brasil a primeira iniciativa em relação ao Outubro Rosa, foi a iluminação em rosa do monumento Obelisco do Ibirapuera, em São Paulo, no dia 02 de outubro de 2002, numa iniciativa promovida por um grupo de mulheres envolvidas com a causa do câncer de mama.

 

Outubro Rosa em Palmas

Alguns órgãos da Capital tocantinense se juntaram à luta e ações do Outubro Rosa, manifestando a vontade de contribuir para a divulgação da importância do diagnostico precoce.

O Hospital Geral Público de Palmas (HGPP) é um exemplo. A unidade manterá, durante todo o mês de outubro, as luzes externas do hospital todas na cor rosa, como um gesto de celebração ao Outubro Rosa, visando sensibilizar e chamar a atenção da população despertando-os para a importância da prevenção.

A Clínica Oncológica de Palmas não poderia ficar de fora da campanha. A unidade está decorada e os profissionais estão trabalhando com uniformes especiais para conscientizar ainda mais pessoas sobre o assunto.

O Ministério Público Estatual (MPE) também entrou na campanha e deixou a iluminação da fachada em tom de rosa como objetivo de lembrar a população da importância do diagnóstico precoce do câncer de mama.

A Justiça Federal do Tocantins instalou uma iluminação especial na cor rosa no terraço do novo edifício sede e fachada do edifício anexo, dando início a sua participação no Outubro Rosa.

O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA) se uniu à corrente internacional apoiando a luta contra o câncer de mama e iluminou a fachada do prédio com a cor rosa em apoio a campanha.

 

Liga Feminina em ação

Em Palmas temos a atuação da Liga Feminina de Prevenção e Combate ao Câncer do Estado do Tocantins, que é uma entidade filantrópica, sem fins lucrativos, mantida e operada por voluntárias que se dedicam a cuidar de pacientes, de baixa renda, portadores de qualquer tipo de câncer.

Durante o Outubro Rosa, a Liga realizará várias palestras nos órgãos públicos e empresas particulares, levando informações sobre o câncer de mama e colo do útero e alertando para a importância da prevenção. Também serão realizadas visitas nas regiões periféricas da capital, levando atendimento à mulheres de baixa renda, com consultas, exames e acompanhamento psicológico, quando preciso.

Segundo informações da presidente da Liga, Elaize Fonseca de Arruda Presbítero, o trabalho promovido pela entidade consiste em disponibilizar exames de prevenção do colo do útero e de mama para mulheres, visita hospitalar no Hospital Geral de Palmas (HGP) à pacientes em tratamento, dando assistência à família do doente carente portador de câncer. A Liga também doa próteses mamárias, desenvolve trabalhos de educação preventiva, doação de fraldas descartáveis, kit higiene, cestas básicas mensalmente, medicamentos e presta apoio psicológico.

A Liga atende em média 100 mulheres por semana, realizando aproximadamente 400 exames mensais de prevenção de colo de útero e mamografias. A entidade possui 150 voluntárias que auxiliam nos trabalhos diários de atendimento.

Segundo a médica Ana Carolina Camargo Rocha, ginecologista e mastologista, que atende nas dependências da Liga, a mamografia é a melhor indicação para o diagnóstico do câncer. Embora o exame seja indicado para mulheres acima dos 40 anos, atualmente há um aumento significativo da procura de mulheres por mastologistas, como forma de prevenção. A recomendação do sistema de saúde é que mulheres devem ir ao ginecologista pelo menos uma vez por ano, mas nada impede que essa prevenção também possa ser feita com consultas ao mastologista, mesmo em mulheres abaixo de 40 anos.

A mastologista destaca a importância do trabalho realizado pela Liga que orienta a população e dá suporte à mulheres em tratamento diariamente, a médica destaca que “é importante que a população conheça esse espaço e seus trabalhos, pois todo atendimento e suporte são gratuitos para qualquer mulher que precise de assistência”, ressalta.

 

Câncer de Mama

Segundo informações do Instituto Nacional de Câncer (INCA), que é o órgão auxiliar do Ministério da Saúde no desenvolvimento e coordenação das ações integradas para prevenção e controle do câncer no Brasil, o câncer de mama é o segundo tipo mais frequente no mundo e o mais comum entre as mulheres, respondendo por 22% dos novos casos a cada ano. Quando diagnosticado e tratado no início, o prognóstico costuma ser bom.

Os dados do INCA apontam que, no Brasil, as taxas de mortalidade por câncer de mama continuam elevadas, isso porque muito provavelmente a doença ainda é diagnosticada quando já se encontra em estágio avançado.

Ainda segundo o INCA, o câncer de mama é relativamente raro antes dos 35 anos, mas acima desta faixa etária sua incidência cresce rápida e progressivamente. Estatísticas indicam aumento de sua incidência tanto nos países desenvolvidos quanto nos países em desenvolvimento. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), nas décadas de 60 e 70 registrou-se um aumento de 10 vezes nas taxas de incidência ajustadas por idade nos Registros de Câncer de Base Populacional de diversos continentes.

 

 

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