Podem criticar os que quiserem, mas quatro dias de feriado assim, só num país que como o nosso, não leva muito à sério o trabalho como algo fundamental para o seu desenvolvimento. Ou melhor, que não tem o trabalho como algo inserido na sua cultura. Para nós cultural é a festa, o futebol, o carnaval, em síntese: a folga.
E por que entro neste asunto: por que a cidade de certa forma já está com suas ruas esvaziando-se, repartições públicas dando os últimos suspiros, justo por que amanhã é feriado, depois também, sexta é facultativo e em seguida emenda-se todos estes dias ao sábado e domingo.
Um golpe no comércio, que tem faturas para pagar. E em todas as atividades que dependem de gente. O feriado de quinta é estadual. Quer dizer, no resto do Brasil, tudo gira e continua funcionando, contas vencendo, bancos abertos, essas coisas.
Para nós o que significa? Na política, que os deputados estaduais, federais, senadores, vão aproveitar para rever suas bases discutir acertos partidários quase às vésperas do fim do prazo de mudança de legenda para quem quer concorrer. A atividade que eles mais gostam continua: o fazer política em si.
Para policiais, enfermeiros e plantonistas, vem por aí dias de agonia. É que nas filas dos super e hipermercados o movimento intenso de venda de caixas e caixas de cerveja já prenuncia o outro movimento que se verá: nas delegacias e hospitais o resultado de gente se agredindo e gente se machucando no trânsito. Coisas que acontecem normalmente nos finais de semana, serão potencializadas pelo duplo feriado.
Em dias como este o melhor é ter cuidado redobrado. A experiência mostra que escasseiam as notícias do meio político e multiplicam-se as da área policial. Cuidar da casa, dos filhos e da própria segurança neste feriadão que virá é fundamental. O resto mesmo, só segunda-feira.
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