O ano inteiro a gente, que é da imprensa, passa ouvindo e publicando a reclamação dos comerciantes contra os feriados prolongados que “esfriam” a cidade e provocam a evasão dos palmenses para outras plagas e praias. Pois bem, este final de ano foi diferente.
A prefeitura de Palmas investiu, e muito, para fazer uma festa de primeira linha, trazendo nomes nacionais e tornando a capital destino turístico para tocantinenses do interior, e brasileiros dos estados vizinhos.
O governo do Estado também fez muito: pagou fornecedores e prestadores de serviço. Pagou o mês de novembro no começo do mês e o 13º na semana do Natal. De quebra, numa atitude que considero inteligente, deixou para pagar o mês de dezembro na primeira semana de janeiro. Vai cumprir a determinação legal de pagar até o 5º dia útil do mês, sem contribuir para o esvaziamento da cidade.
Restaurantes e bares fechados
Agora, pasmem: quem quis sair para comer fora na véspera do Natal já teve problemas, mas no Ano Novo então, foi missão quase impossível . Passeando pela Palmas-Brasil na noite de Ano Novo era possível perceber raríssimos estabelecimentos abertos. Os poucos que ficaram, trabalharam o triplo para atender toda a demanda.
Ceia de Ano Novo então - com exceção honrosa à Tratoria Toscanna –foi coisa difícil demais de achar. No dia 1º, faltou pão nas principais padarias, e as locadoras abertas em lojas de conveniência fizeram a festa.
Palmense há quase 19 anos, me sinto no direito de fazer um desabafo, em nome dos que não têm essa chance de fazê-lo publicamente: Palmas merece mais minha gente! Quem ganha seu suado dinheirinho aqui durante o ano todo, não pode fechar para férias 15 dias, como se fazia antigamente.
A cidade mudou. Aqui não é mais só um lugar onde se trabalha para ir “pra casa”, em visita aos parentes em outros estados no final do ano. Nossa vida é aqui, e por isso é tão importante tornar a cidade um local de ampla, fraterna e rica convivência, cheia de opções e variedades. Que fique o alerta aos comerciante do ramo de alimentos e diversões: em 2010, nós queremos mais.
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