Plano Nacional de Direitos Humanos

Não resisti quando li sobre a repercussão do lançamento do Plano Nacional dos Direitos Humanos....

Em um dos milhares pontos de espetinhos de Palmas, com alguns amigos, entre eles o Marcelinho Silva, há alguns dias atrás, comentávamos sobre a aceitação do Presidente Lula no mundo. Um dos líderes mais "confiáveis" atualmente. O Marcelinho fez uma colocação interessante. Comentou sobre o perfil dos ex-presidentes dos países da América Latina. Nenhum deles tinha " a cara" do seu país. Agora a coisa tá mudando. Optou-se por mudar a cara dos Presidentes à medida em que se muda o Pais, e não o oposto como era feito. Fernando Henrique não tinha a cara do Brasil. E não pense no Brasil com a sua cara (você que está lendo esse artigo), pois não é a cara dominante. E é desse prisma que pretendo comentar o Plano Nacional de Direitos Humanos.

Em primeiro lugar me situo como uma "não petista eleitora do Lula". E votei nele exatamente pelas suas propostas. Então não tenho do que reclamar. Bolsa-família, bolsa-escola, bolsa-cultura...foi a forma que o Governo Federal encontrou de cumprir as promessas feitas na campanha. Então, salvo alguns "deslizes" do nosso Presidente, estou satisfeita. E fiquei mais ainda agora.

Só pela repercurssão, pelas críticas lidas, já me realizei. Afinal comentei exatamente isso, nesse dia do espetinho (que é a cara do Brasil). Falta nacionalismo no Governo Lula. O país precisa se impor como Nação. Por mais defeitos que tenham, Evo Morales e Hugo Chaves são nacionalistas. Talvez na linha divisória com a ditadura, uma tendência dos grandes nacionlistas.

Agora sim. Salvo pelo gongo! Lula conseguiu. Desagradou apenas minorias. Alguns líderes das forças armadas que vão pagar pelos crimes cometidos, afinal a extinção da Lei da Anistia prejudica quem? Cidadãos honestos e trabalhadores?

Manifestaram contra também os Presidentes da Câmara e do Senado. Duas das instituições mais desacreditadas do país. O que representam hoje para o povo? Qual o grau de confiabilidade? Uma pesquisa em nível Nacional apontou os carteiros como os mais confiáveis e os políticos como os mais desacreditados.

Logo após vem a CNBB. Sinceramente, dá vontade de nem comentar. Primeiro, não sei como eles se manifestaram sobre alguma coisa. Vivem constantemente em "cima do muro". Com exceção de algumas facções, que, com certeza não têm a mesma opinião, a Igreja Católica está perdida no que diz respeito às ideolgias de Direitos Humanos. Vir falar em "Cristo Redentor"? Não é imagem católica de adoração e fé. É ponto turístico.

Enfim, a CNA e os movimentos do Sem-Terra. Foi uma das grandes falhas do Governo Lula. Uma fenda idelógica que ele deve entender como um fracasso. A reforma agrária era uma das grandes metas. E foi tomada por movimentos suspeitos e não-oficiais.

Todos os que se opuseram ao Plano levantaram a bandeira da democracia. Hoje ao meu ver democracia se confunde com libertinagem, com desonestidade, com falta de limites.

E isso vale também para os meios de comunicação. É muito séria a amplitude e a manipulação de opinião que detêm os meios de comunicação para não sofrerem limites estatais.

Enfim, o Presidente deu mais um passo em direção à sua aceitação. O Plano segue concepções internacionais de Direitos Humanos.

Espero que as classes dominantes, as que mais sofrem com o descaso do Poder Público, possam ser beneficiadas vendo convalidados Direitos Humanos Internacionais que não são impostos hoje no Brasil, em decorrência da imposição de minorias.

Parabéns Presidente!

Ahhh...tem político que deveria ficar calado! Acho que a colocação "prefiro não me manifestar nesse momento", seria muito bem vinda...

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