A Executiva Estadual do PMDB tem reunião marcada com o presidente de honra do partido, o governador Marcelo Miranda, nesta segunda-feira, 22, no diretório estadual do partido. A reunião acontecerá a partir das duas da tarde e foi anunciada tendo como pauta de discussão as eleições de 2010. A expectativa é que o partido defina entre os diversos nomes, qual pretende trabalhar como pré-candidato ao governo.
A incerteza em torno do nome do PMDB faz com que o partido perca espaço na mídia, onde o DEM saiu na frente, ao colocar o nome da senadora Kátia Abreu, o PPS trabalhará com Paulo Sidney, o PR tem o senador João Ribeiro em pré-campanha, com o apoio prévio do presidente Lula, e o PT trabalha para viabilizar o prefeito da Capital, Raul Filho.
Por ter vários nomes com condições de ser candidato, mas não ter chegado ainda a um nome só, em torno de quem todo o partido se uniria, é que o PMDB tem perdido terreno. A verdade é que depois das eleições de 2006, cada líder foi cuidar do seu mandato, do seu projeto. Tanto é assim, que no final do ano passado a ala insatisfeita fez a tentativa de abreviar o mandato do presidente, deputado Osvaldo Reis, criando uma crise interna.
O presidente da Assembléia Legislativa, deputado Carlos Henrique Amorim, o Gaguim, já se colocou como pré-candidato e tem articulado entre os prefeitos na tentativa de fortalecer seu projeto, que pode ser ao governo ou ao senado. Mas a verdade é que nenhum dos nomes colocados tem conseguido a proeza de juntar todo o PMDB. Este é o desafio da executiva em reunião com o governador na segunda-feira: encontrar um nome de consenso.
Nos últimos dias no entanto, o nome que tem crescido na executiva, e que tem perfil para juntar o PMDB, com condições de disputar e vencer uma eleição é o do deputado federal Moisés Avelino. Senão, vejamos: foi ele quem contornou a crise e buscou o entendimento com Oswaldo Reis, selando a paz entre as alas divididas; já foi governador do Estadoe portanto reúne experiência, história e espírito conciliador.
Se não bastasse tudo isso, é perceptível o movimento feito pelo maior articulador político do governo: o pai do governador, Brito Miranda. Ao buscar acomodar no governo, em posição de destaque, Igor Avelino filho do ex-governador, os Miranda acenam com uma costura que pode sim ter tudo a ver com a sucessão em 2010.
O que eu tenho ouvido nos bastidores é que passado o Rced, e inocentado o governador - perspectiva defendida fortemente no governo - haverá uma reforma administrativa. Ela foi adiada no começo do ano com a surpresa da morte do ex-secretário de Fazenda, Dorival Roriz. Ele que era o candidato preferido de Marcelo à sucessão. Agora, a reforma estaria aguardando apenas o julgamento. Nela, Igor com certeza assume uma secretaria forte.
A intenção é a de abrir espaço no governo para os políticos, fortalecer o grupo para 2010 e construir uma nova aliança. Não será surpresa se além dos nomes esperados, o governo caminhar à esquerda, trazendo para mais perto o PT. É que Marcelo já escolheu que ficará com Lula. Se conseguir passar pelo julgamento do TSE, buscará aliança no Estado com a turma de Raul. Vamos esperar para ver o que acontece nesta semana decisiva para o Tocantins. A começar pela reunião de segunda do PMDB.
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