Cada dia mais comum no ambiente virtual, aplicativos, blogs e vídeos circulam na internet estimulando a prática de exercícios físicos em casa e trazendo orientação sobre nutrição, comportamento e estilo de vida. Essa prática está atraindo a atenção de quem não está satisfeito com o próprio corpo ou apenas quer cuidar um pouco mais da saúde.
Os avanços da tecnologia, aliados ao desejo de melhorar a qualidade de vida, têm sido atrativos para quem não pode pagar mensalidades ou não tem tempo para frequentar as academias tradicionais. As redes sociais estão repletas de alternativas baratas e com resultados aparentemente “fáceis”. Entretanto, especialistas alertam para os perigos da prática de atividade física sem orientação de um profissional qualificado.
Tem interesse em fazer agachamento, pilates, caminhada ou yôga? Realmente, uma pesquisa rápida na loja de apps do seu celular apresentará diversas opções, porém os riscos envolvidos são grandes, podendo causar, inclusive, lesões e problemas nas articulações. Por isso, é preciso respeitar limites e o processo de aprendizagem motora para a realização dos movimentos.
Para Rita Gomes, 50, professora de Hatha Yôga, Pilates, terapeuta Reiki e Educadora Física, na internet todos se acham no direito de prescrever treinos e outros exercícios sem serem qualificados para isso. “O importante é procurar um estúdio ou academia com profissionais capacitados para exercer a profissão, ensinar e prescrever treinos e práticas de forma segura, respeitando a individualidade biológica de cada pessoa”, defende.
Foi há 20 anos que Rita conheceu o yôga e se apaixonou. “Essa filosofia de vida se transformou literalmente em minha vida. Sabe aquele ditado bem clichê: faça o que ama e não terá que trabalhar um único dia de sua vida? É a mais pura verdade”, conta.
Antônio Cenai, 23, que também atua como educador físico, acredita que os apps são um estímulo importante para iniciar a prática de atividades físicas, entretanto, não podem ser substituídos por um profissional capacitado.
Cenai entende que, prezando pela prática de atividades com segurança e respeitando as necessidades individuais, os aplicativos até poderiam serem usados, mas sempre mediante de acompanhamento de profissionais habilitados para orientar os praticantes. “Os aplicativos podem até ser um auxílio para pessoas que não possuem restrições clínicas que possam limitar sua prática de atividade física, porém eles também podem ser vilões agravando e até causando novas lesões”, conclui Cenai.
Fonte: Agência Educa Mais Brasil
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