Adesivos em carros nem se fala. E acompanhados de frases de efeito que podem mais tarde (daqui para o começo de julho) se transformar em slogans.
A verdade é que os pré-candidatos a prefeito aqui e nas grandes cidades, têm orientação jurídica para se movimentar com mais segurança. Um exemplo, são as reuniões realizadas neste momento, de pré-campanha. Não podem ser realizadas em local público, um grande diferencial.
Os vereadores nem sempre.Eventos para discutir plano de governo, por sua vez, devem ter caráter partidário, e não pessoal. Traduzindo: os partidos podem consultar a população sobre suas demandas, o candidato (ainda pré-candidato) não.
Fase deve ser preparatória
O que chama a atenção neste momento, é que a fase atual da campanha, a pré-campanha, deveria ser usada pelos pretensos candidatos a vereador e prefeito para um planejamento estratégico do que será colocado para o eleitor nos três meses em que a campanha de fato será permitida.
Candidatos a vereador, por exemplo, levam a desvantagem de ter um curto espaço na TV e no rádio, necessitando criar, inovar no contato com eleitores.
Sem falar que o desgaste para a classe política é enorme junto ao eleitorado, cada vez mais descrente de que votar muda sua vida de alguma maneira. O senso comum que está nas ruas, nas redes sociais, nas conversas de ponto de ônibus e nas mesas de bar é que o mandato muda a vida de que ganha a eleição, mas raramente retorna em alguma coisa de concreto para quem votou.
Triste realidade, esta que se apresenta, num ano em que teremos que mudar quem vai comandar nossas cidades. E quem vai fiscalizar o executivo, nas câmaras municipais.
Quem pode e quem não pode disputar
No interior, em várias cidades do Tocantins, a dúvida e grande sobre quem poderá ou não disputar as eleições já que inúmeros presidentes de Câmaras tiveram suas contas rejeitadas.
A rejeição, por um colegiado – no caso o pleno do TCE – inscreve o sujeito na lista dos inelegíveis. Só que muitos condenados, por assim dizer, a deixar a vida pública ainda que temporariamente, estão recorrendo. E o tribunal, questionado, responde, via assessoria, que tem prazo para fornecer esta lista, e o fará no final do prazo.
Ou seja: quando as decisões estiverem reformadas. Até lá, fica a interrogação: quantos dos que tiveram pouco caso com o dinheiro público conseguirão reverter sua situação na Corte de contas?
O certo é que o descrédito que atinge a classe política é tão grande, que temos urgentemente que promover e divulgar as boas práticas. Incentivar a renovação dos quadros, não simplesmente trocando os nomes, mas trocando as crenças.
Do jeito que vai, se não houver uma oxigenação das práticas políticas, vamos ficar neste jogo do “quem é mais esperto”. E normalmente o mais esperto não está nem aí para a sociedade depois que vence uma eleição.
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