O jogo de forças no cenário político do Estado e da Capital pode ganhar um capítulo tumultuado com a disputa pelo PTN de Palmas no final deste mês. É o que garantem fontes ligadas ao partido, segundo as quais, a disputa pela direção na Capital já começou. De um lado ficará o grupo liderado pelo vereador José do Lago Folha Filho, o Folha, que aderiu à base do prefeito na Casa, e tenta levar o partido para uma aliança definitiva com Raul. Para tanto estaria reunindo Tibúrcio Tolentino, Adão Índio, Pastor Elmir e Capitâo Adroaldo para tomarem o partido e tentar uma composição com a contrapartida de uma secretaria municipal
A adesão do vereador à base só ficará nítida com o começo dos trabalhos na Câmara Municipal semana que vem. Mas nos bastidores é dada como favas contadas desde o acerto com Folha para apoiar Wanderlei Barbosa à presidência. A mesma tentativa - sem Folha - estaria sendo feita pelo grupo de suplentes e mais votados do PTN, desta feita com o governador Marcelo Miranda.
Uma tentativa de mostrar força, tomando o comando do partido, para negociar espaço político e nomeações. A intenção teria vazado e provocado a reação do principal articulador político do governo, o pai do governador, Dr. Brito Miranda. Ele estaria de agenda fechada para o grupo, e irritado com a "fome de poder" manifestada pelos citados.
Do outro lado está o grupo que tem ligações fortes com o Palácio Araguaia, até o momento representado pelo presidente regionalda sigla, Júnior Luiz. A posição de Folha, ao abandonar o grupo através do qual se elegeu, já causou stress e poderá ter suas consequências evidenciadas nos próximos dias.
Entre elas está desde uma medida disciplinar, vinda da nacional do PTN até a intervenção no diretório municipal, com a indicação para presidência, por exemplo, de Divina Márcia, vereadora alinhada ao grupo palaciano, e que se mantém na mesma posição.
Para reforçar a situação frágil de Júnior Luiz estariam de malas prontas para o PTN o prefeito Tom Belarmino, o ex-deputado estadual José Augusto, e o também ex-deputado estadual Sargento Aragão. O PTN na verdade se destacou nas últimas eleições com uma fórmula interessante: juntou ex-vereadores, ex-candidatos a deputado, e reuniu candidatos com o mesmo potencial médio de votos, dando chances mais igualitárias de eleição.
Desta forma conseguiu fazer votos suficientes para eleger dois vereadores, com a sobra. Este novo grupo, que pode chegar a 11 ex-deputadostentaria uma chapa forte para 2010, com a meta de eleger três. Nada que possa ser considerado impossível, se todos tiverem as mesmas condições de disputar o voto. Antes disso no entanto, será preciso ver nas mãos de quem o PTN vai ficar, a começar por Palmas.
Roberta Tum
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