Intolerância, complexo de inferioridade, frustração, demência, não sei que palavras podem nominar esses ataques de jovens que se auto intitulam skinheads ou neonazis. Neste último fim de semana meu namorado e seu amigo foram as mais novas vítimas desta tribo urbana. Os dois estão internados em estado grave em São Paulo.
A causa do ataque? A cultura do ódio. Apenas isso. A polícia encontrou com os agressores soco inglês, canivetes e facas. Agora eu pergunto: Será que uma pessoa “normal” é capaz de almoçar, tomar banho, se arrumar e colocar estas armas em uma mochila sem estar com pensamentos cruéis pairando sua mente?
Penso que a questão da ideologia dos skinheads de discriminação de nordestinos, negros, homossexuais e judeus não é mais o limite. Agora é o ataque pelo prazer. Se estiver andado e não for com sua cara, partem para cima.
Pessoas assim sem nenhum senso de razão. Meu namorado foi espancado, mordido e esfaqueado. Podemos classificar estes seres como animais? Não! Por que nem os animais são assim, pois eles atacam por defesa ou para saciar a fome. Será que esses skinheads sofrem de alguma patologia desconhecida? Talvez né? Não sou psiquiatra. Não vejo diferença nenhuma deles para o cara que matou aquelas crianças em uma escola do Rio de Janeiro. Ambos são passivos do descontrole emocional, mas que planejam seus ataques minuciosamente.
Psicopatas e anti sociais cultivam essa revolta com o mundo e se por algum dia sofreram algo querem descontar em tudo. Prezados camaradas tenho uma surpresa. Você não é o primeiro nem será o último a ter passado por maus bocados em sua vida. Se todo mundo resolvesse descontar em alguém suas angústias não existiria mais raça humana. Mas peras aí! Tenho uma solução para vocês que não suportam mais esse mundo: Vão para um lugar onde se sintam totalmente isolados e se matem. Acabem primeiro com seu mundo antes de acabar com o de outras pessoas que não tem nada a ver com os problemas de vocês.
Rose Vidal é jornalista, pesquisadora e docente
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