Não há como negar: os partidos (ainda) da base do governo são os mais organizados e os que têm até agora, pré-candidatos trabalhando de fato seus nomes no xadrez da política em Palmas. Marcelo Lélis de um lado, e Luana Ribeiro de outro, correm atrás de lideranças, buscam o apoio de partidos, enquanto a turma (antiga) do prefeito Raul se bate com seus próprios problemas e limitações, esperando a definição que nunca vem, e está marcada para fevereiro.
Pois bem. Presidido pelo jovem Cristian Zine no Estado e pelo pioneiro Lucas da Lince em Palmas, o PSL sobe ao palco neste sábado para anunciar em coletiva que decidiu seu posicionamento quanto às Eleições 2012 na capital.
É um partido pequeno, mas que conseguiu manter um grupo de pré-candidatos a vereador competitivo. Algo em torno de 11 a 14 mil votos. Segundo apurei nos últimos dois dias o partido afunila entendimentos para anunciar apoio a Marcelo Lélis, do PV.
Se confirmar-se o que tudo indicava até ontem a noite, será o primeiro partido a compor com o pré-candidato que lidera as pesquisas.
Antes disto e especialmente depois que o PTN saiu do comando de Júnior Luiz para Cínthia Ribeiro, as movimentações foram grandes. Interlocutores ligados à deputada Luana Ribeiro teriam buscado conversar com os integrantes do PSL para agregá-los ao projeto das oposições em Palmas.
Um destes articuladores, vereador em Palmas, é quem teria levado à Raul a importância de ter o PSL no grupo - candidatos a vereador são a maior rede de captação de votos de um candidato ou candidata a prefeitura – mas o prefeito não teria a princípio disponibilizado uma pasta para o partido na gestão municipal, como fez, por exemplo, com o PMDB. Raul teria cogitado uma gerência ou coordenação, o que era pouco.
Nos últimos dias cresceram os rumores de que o PSL aceitaria uma secretaria na gestão municipal para apoiar o projeto de Luana à prefeitura. Ninguém confirma a informação oficialmente, mas é o que rola nos bastidores.
Por outro lado, Marcelo vem se encontrando com Zine, Lucas e outros membros do partido desde o final do ano passado.
De uma fonte ligada ao PSL ouvi que o partido não quer aderir a nenhuma estrutura de poder existente, seja no município (onde qualquer secretário tem 11 meses apenas para atuar) ou no Estado (onde a princípio não existe secretaria que pudesse acomodar o partido). Ao contrário, o PSL quer chegar cedo, e compor onde tenha chance (leia-se estrutura) para eleger vereador.
É uma jogada inteligente. Até por que, como disse uma liderança simpática a Lélis esta semana, “já não existem partidos na praça” esperando o melhor momento para definir-se.
Por enquanto, nem o PSDB de Eduardo Gomes (que mantinha a esperança de ter candidatura em Palmas), nem o PSD da senadora Kátia Abreu (que teve o próprio nome e o do filho Irajá pré-lançados na capital), acenaram com apoio de fato ao PV de Lélis.Parecem estar esperando um sinal definitivo do governo para se posicionar.
Se entrar no jogo agora, há mais de cinco meses das convenções, o PSL pode garantir o tratamento que precisa para viabilizar-se eleitoralmente. Como já fez o PTN em outros tempos e terminou garantindo duas vagas na Câmara Municipal.
Até ontem à noite, o PSL tinha posição firmada pela Executiva em apoio a Lélis, mas não tinha sentado com a cúpula que conduz a campanha de Luana Ribeiro. Resta esperar um pouco mais para ver quem ganhou esta queda de braço.
Comentários (0)