Da reunião que o PMDB, através de Júnior Coimbra provocou com Raul semana passada, e que contou com a participação do pré-candidato do partido, deputado Eli Borges, peemedebistas de todas as matizes saíram com uma certeza: não será Raul quem vai apaziguar seu grupo manifestando preferencia por um ou outro pré-candidato.
Há quem analise que a esta altura, nem que o prefeito quisesse, conseguiria manter seu grupo unido. E de tanto democratizar, não decidindo, e deixando que os pré-candidatos se engalfinhassem nos últimos meses – cada qual com sua pesquisa interna mostrando sua liderança e chances na qualitativa – Raul só decidirá sobre si mesmo. O que quer dizer, sobre o PT, que obedece ao comando de Ivory de Lira.
Os pré-candidatos não se entenderam. Ninguém abriu mão, ninguém conseguiu somar ninguém. Daí que, numa última tentativa de entendimento, os líderes dos partidos foram chamados para uma conversa nesta sexta-feira, 8.
Dela devem participar além do prefeito, o senador João Ribeiro, o deputado Ângelo Agnolin, representando o PDT. A idéia era que só presidentes de partidos participassem, mas Laurez Moreira, por exemplo, não está confirmado e pode ser representado por Alan Barbiero, que é pré-candidato.
Coimbra por sua vez está no Pará, na companhia do deputado José Augusto Pugliese, em compromisso agendado antes e não participa da reunião. Pode ser representado por Marcelo Miranda(PMDB).
Abre parênteses para falar do PMDB. Corre nos bastidores que Marcelo estaria insatisfeito com os rumos que o partido toma em Araguaína e nas cidades onde está próximo de fechar aliança com partidos da base do governo. Para uns é uma posição isolada, que reflete mágoa. Para outros é uma postura de quem quer que o partido permaneça na oposição. E não negocia isto. Fecha parêntese.
Pois é. É neste clima que os caciques se reúnem hoje para decidir como é que fica a história das oposições em Palmas.
O PMDB já está decidido a manter Eli. E pode tentar arrastar um ou dois partidos para montar uma composição que o coloque de verdade na disputa, chamando para a vice alguém que agregue valor à chapa.
Se por outro lado, está claro que Raul tem um compromisso forte selado com João Ribeiro (quem duvida pode fazer a pergunta: onde e com quem estão os vereadores da base de Raul?), já se pode arriscar que as oposições terão pelo menos duas candidaturas postas no final deste mês de junho. A de Eli e a de Luana.
Correndo por fora, mesmo que com um percentual pequeno na pesquisa Ibope que o próprio PP Metropolitano encomendou, está o empresário Carlos Amashta, o primeiro a marcar convenção, para o próximo dia 16. Segundo fontes do PP, a idéia é deixar a cabeça de chapa decidida e uma abertura na ata para que o partido receba uma composição na vice.
A confirmar, então, serão três nas oposições: Luana/Ivory; Eli e a incógnita; Amastha e seu vice.
Parafraseando Donizete do PT, que assiste de longe este barco correr: em eleição se soma, não se divide. Sendo assim, quem divide também soma, mas para o adversário. Este, lidera folgado as intenções de voto. Até agora.
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