Quer mel? Não espante as abelhas

Confira o artigo da administradora, Grasi Oliveira que aborda o sentido da expressão "Quer mel? Não espante as abelhas" que relata a cooperação entre as pessoas....

A expressão “Quer mel? Não espante as abelhas” foi citada pelo grande estudioso do comportamento humano, Dale Carnegie, no século XX. De lá para cá, muita coisa mudou, mas esse velho ditado permanece em voga.

São recorrentes as reclamações sobre a falta de colaboração das pessoas, de envolvimento nos projetos por parte da equipe, da falta de parceria do cônjuge. A falta de cooperação é o item mais apontado pelas pessoas sobre a dificuldade de lidar com pessoas.

E onde está o problema? Em quem pleiteia a cooperação? Em quem não quer cooperar? Eis a questão. Geralmente, a resposta é a segunda opção e não se pode dizer que está errada. Entretanto, é garantido que se optar pela segunda ter-se-á um trabalho árduo pela frente porque mudar o outro é bastante complexo e temerário. Contudo, se decidir pela primeira, na qual se sugere que o problema é de quem pleiteia a cooperação, o caminho será mais curto, já que dependerá apenas dele para que tudo se transforme.

Essa afirmação de que a pessoa que está tendo dificuldade em obter cooperação é a que precisa mudar foi testada e certificada por milhares de pessoas no mundo todo por instrução do próprio Dale Carnegie, mediante seus livros e cursos. Como numa forma de encanto, ao mudar a si mesmo, esses mesmos indivíduos perceberam a simplicidade de obter o envolvimento alheio.

E o que tem a ver “espantar a abelha”? Porque para obter o que se deseja é preciso se aproximar, trazer a pessoa para próxima de si. Por isso, o primeiro grande segredo é desarmar-se e interessar-se sinceramente pelo outro. Procure ouvi-lo com atenção, descubra seus anseios, sua história, suas opiniões, seus sonhos.

Certa vez, o líder de uma empresa com o intuito de buscar maior envolvimento do funcionário João, procurou se interessar mais por ele e percebeu que um dos seus hobbys era cozinhar. Gostava de receber os amigos para fazer uma galinha caipira, um peixe ao molho ou uma rabada. E a partir desse conhecimento, o líder viu que fazer um almoço poderia ser bom para toda a equipe confraternizar e interagir em um ambiente informal e claro, tendo o João como o “chef de cozinha” do evento. O comportamento do João, após o sucesso desse almoço, mudou. Ele se sentiu mais valorizado porque o líder se interessou por ele, João viu que poderia participar com ideia e que até os seus dons culinários eram reconhecidos.

Por isso, se não está conseguindo a cooperação desejada, pare e repense: como está o seu modo de agir com aquele a quem deseja tirar o mel?

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