Raul admite que executivo perdeu controle sobre expansão irregular da cidade, mas se mantém contrário a aumentar Plano Diretor

O prefeito Raul filho, admitiu na manhã desta quinta-feira, 24, que o município não tem instrumentos para controlar o crescimento irregular da cidade. "Nós não temos, não temos tido instrumentos para isto", disse o prefeito aos vereadores, ...

Iniciando sua fala reafirmando posição contrária a expandir "em um milímetro que seja o Plano Diretor", o prefeito Raul Filho (PT), admitiu diante dos vereadores, imprensa, UFT, técnicos e populares que o município perdeu o controle da expansão desordenada da cidade. "Nós não temos, não temos tido instrumentos para fazer este controle", disse o prefeito.

Raul Filho lembrou que a posição contrária á expansão da cidade vem desde suas campanhas para prefeito. "Não temos como expandir o que não temos tido condição de cuidar, com os recursos que temos", salientou.

Lamentando não ter visto antes a explanação que fez o vereador Milton Néris(PT), relator do processo, Raul reconheceu que há uma situação implantada, e que tem o reconhecimento dos cartórios que registram "micro vilas" que crescem na zona rural.

Irregulares com alvará

O prefeito admitiu também que algumas construções irregulares, para sua surpresa, possuem alvará do município. "Nós na verdade não estamos conseguindo ordenar, e este é o nosso desafio. Temos que encontrar uma solução definitiva e num clima de civilidade", afirmou.

Críticas aos governos

Embora afirmando que não desejava transferir responsabilidades do município para o estado, Raul criticou a forma como os loteamentos foram abertos ao longo dos anos, desde a criação da cidade. "Não conheço um governo que tenha feito loteamento com interesse social, o interesse é sempre comercial", disse.

O prefeito criticou ainda os cartórios que tem registrado escrituras de áreas rurais parceladas. "Os cartórios têm de forma irregular registrado esses parcelamentos na zona rural, criando estas micro-vilas", destacou.

Contra desapropriações

A idéia de desapropriar áreas não é simpática ao prefeito, que afirmou que não considera justa esta ação. "Nós não vamos desvalorizar o que as pessoas conquistaram ao longo de anos, para desapropriar. Mas tudo o que me foi orientado fazer para coibir a especulação, nós fizemos. O IPTU progressivo está aí", disse.

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