“Nestes dias finais de prazo, cada hora é importante para nossa decisão”. Com estas palavras o prefeito Raul Filho (PT) justificou no começo da tarde, por telefone, falando comigo, seus motivos para transferir o anúncio de sua decisão – que era aguardada hoje- para o dia 2. O “sai”, “não sai” do prefeito tem gerado expectativas e muita especulação nos bastidores. Ele próprio diz que precisa esperar, para decidir.
Mas esperar o quê? Se perguntam os que querem resposta imediata do prefeito. “Estamos aguardando algumas respostas, decisões que envolvem outros partidos da base do presidente Lula, para sabermos se teremos ou não chance de compor essa aliança”, explicou Raul.
Ele citou o PR do senador João Ribeiro, e o PSB, do deputado Laurez Moreira como parceiros importantes. Quanto ao PMDB, quando questionado o prefeito já desvincula sua decisão da deles. “O PMDB tem demonstrado que não seguirá conosco”, sintetizou em poucas palavras.
Nos bastidores é tida como certa a aliança do PR com o PSDB, em apoio ao ex-governador Siqueira Campos - uma questão de dias até ser anunciada – e no PSB, o próprio deputado Laurez Moreira já deixou clara mais de uma vez sua preferência pelo PMDB do governador Carlos Gaguim.
Voltando a Raul, e nossa conversa telefônica, perguntei ao prefeito se ele tem sofrido muita pressão para deixar o cargo. Ao que ele respondeu sorrindo: “pressão propriamente, só a dos companheiros que acreditam que o meu nome tem boas chances, e querem que eu saia para enfrentar este desafio”. Se é assim, pressão boa.
Do final desta reunião sem anúncio que o PT fez durante horas na manhã de hoje ficaram algumas certezas: tudo ainda pode acontecer. Menos duas hipóteses, prontamente descartadas. Raul não sai para concorrer ao Senado. E o PT não abre mão de ter candidatura própria. O mais só o dia 2 dirá. (Atualizado com correções às 16hs)
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