Estão avançados os contatos do prefeito Raul Filho com importantes líderes do PT Nacional para garantir que o comando do partido em Palmas seja entregue a ele. É o normal, já que o prefeito é a maior estrela do partido na capital e tem em seu grupo, vereadores eleitos pelo voto popular.
O que não é muito natural, é que quem tenha mandato não tenha peso diferenciado nas decisões do partido. Ouvi isto outro dia de gente do próprio PT que não entende, nem vê como justo que um filiado, ou militante, tenha o mesmo peso nas decisões que tem aqueles que foram às ruas e conseguiram firmar sua representação pelo voto popular.
O PT Nacional, no entanto, entende que a liderança do prefeito deve ser valorizada na capital. Raul Filho falou por telefone na semana que passou com a senadora Marta Suplicy sobre a intenção de assumir o comando do partido e recebeu o apoio dela neste sentido. Marta por sua vez levou o pleito de Raul ao presidente nacional do PT.
Nos bastidores a conversa teria sido mais ou menos a seguinte: Donizete pode comandar os demais 138 municípios do Estado, mas Palmas deve ficar sob a batuta do prefeito.
No grupo que garantiu nas ruas a vitória de Raul, existem pré-candidaturas consistentes e nomes mais fortes do que aqueles que o próprio partido dispõe hoje. Desde aquela época fala-se em acordo de forças e rodízio na cabeça de chapa.
Do jeito que as coisas caminham, o prefeito deve comandar uma grande aliança dos partidos ligados à sua gestão, tendo PDT ou PSB disputando o Paço Municipal. Além de uma grande chapa de vereadores.
O primeiro passo é o comando do PT. Para que Raul não tenha que ir a reboque da direção regional e engolir um nome sem expressão, ou condições de vitória. Nem por outro lado, nomes importados através de negociações que não passam pelo núcleo petista da capital. E que já causam arrepios dentro do Paço.
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