Nos bastidores fala-se de um acordo entre o senador João Ribeiro, e o governador Carlos Gaguim (PMDB), para que este último apóie o primeiro ao governo do Estado nas eleições de 2010. Na manhã deste domingo na Assembléia Legislativa, João Ribeiro (PR) disse ao governador que não pretende ser um problema, “mas uma solução” dentro do seu governo. E mais, Ribeiro garantiu que o debate eleitoral não será travado antes do tempo, com a seguinte frase: “Vamos deixar as eleições para o ano que vem, é hora de administrar”.
Segundo uma fonte ligada ao senador confidenciou ao Site Roberta Tum, Ribeiro teria sido fundamental no convencimento dos deputados democratas Toinho Andrade e César Hallum. Ângelo Agnolim e Paulo Roberto teriam acertado seu apoio diretamente com o presidente Gaguim. Ribeiro deu segurança aos deputados para resistirem à proposta de uma candidatura do presidente do DEM, João Oliveira, apresentada pela senadora Kátia Abreu (DEM) na semana que precedeu a votação dos embargos no TSE.
Nos bastidores fala-se também que os deputados estaduais e a federal Nilmar Ruiz não permanecerão na sigla, esvaziando-a para as eleições de 2010. O destino dos parlamentares seria o PSB e o PDT. Isto, caso se confirme a votação da famosa “janela” que permitirá aos detentores de mandato de todo país a mudança de partido antes das próximas eleições.
Calada diante deste processo todo, a senadora se limitou a publicar um artigo no Jornal do Tocantins de sexta-feira, 11, levantando sua preocupação coma legalidade de um processo que excluiu a participação dos partidos na escolha dos candidatos. Kátia não atendeu a imprensa do Estado, e nem emitiu nota esclarecendo se questionará na justiça a lei aprovada pela Assembléia Legislativa que dá autonomia à própria Casa para regulamentar o processo eleitoral indireto.
Gaguim descarta reeleição
Falando logo após o senador João Ribeiro, que disse ter certeza que Gaguim apoiará “aquele que estiver melhor”, e poderá inclusive ser candidato a reeleição o governador descartou a princípio uma candidatura sua no discurso desta manhã. “Daqui para maio e junho, pára tudo por causa da eleição. Eu não vou ser irresponsável com o meu Estado. Como pensar em reeleição?”, disse ele, sustentando que o tempo é muito curto para se fazer alguma coisa, e ficará menor ainda se o mandato tampão for atropelado pela campanha.
Todos os discursos dos aliados do governador Gaguim, no entanto, caminham nesta direção. A discussão desta candidatura estará ligada aos resultados obtidos pelo governo. O deputado Laurez Moreira (PSB), alertou a equipe para a responsabilidade. “Se não der certo, a responsabilidade é de todos, e não só do governador”, alertou.
A pressa em fazer logo a eleição indireta, foi justificada pelo governador interino. “O povo não agüenta mais esperar. Nosso governo vai ser de trabalho, trabalho e trabalho”. Efetivado na próxima semana, caso não haja nenhum impedimento jurídico, Gaguim terá pela frente a missão de equilibrar as contas públicas, diante da queda na arrecadação e comprometimento da receita. Até lá, os secretários estão avisados: o governo não tem partido, e nem candidato. O que será de 2010, o tempo e as soluções encontradas para administrar funcionalismo, dívidas com fornecedores e necessidade de crescimento do Estado é quem vão dizer.
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