Ribeiro tenta acalmar os ânimos na UT

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Desde que as eleições terminaram algumas análises políticas vêm incomodando os maiores líderes do governo e da União do Tocantins. A imprensa sempre faz uma leitura livre dos acontecimentos e suas implicações futuras. Para quem ganha,como foi o caso do PT em Palmas, nenhum comentário é ruim, afinal a vitória é o maior mérito.

No caso de quem perde, seja o grupo que ficou em segundo lugar - o que em si pode ser avaliado como positivo - seja o grupo do governador, que apoiou a candidata que ficou em terceiro, todo comentário é passível de ferir susceptibilidades. Até as avaliações dos motivos que levaram à derrota.

No caso da União do Tocantins, que saiu melhor do que entrou nesta disputa, a ciumeira começou em casa. A reconhecida habilidade do senador João Ribeiro em conduzir o processo eleitoral dentro de sua legenda (que é própria)ganhou eco na imprensa. Mesmo que algumas ponderações tenham sido exageradas, Ribeiro ganhou a cena por ter se empenhado, investido, e articulado em favor de Marcelo Lélis e tantos outros.

A experiência política e o poder de articulação do senador são sabidamente conhecidos nos dois grupos dos quais ele fez parte. E não há que duvidar que Ribeiro viu sua estrela brilhar com o resultado das urnas, ainda que este não tenha sido tudo aquilo que desejava.

O problema é que a divulgação desta leitura de fortalecimento do senador provocou fissuras no grupo ligado diretamente ao ex-governador Siqueira Campos. Com o ex-senador Eduardo Siqueira fora do cenário político, e Siqueira lembrado como virtual candidato ao senado daqui há dois anos, o nome de Ribeiro surge como possível candidato ao governo.

A questão é que por ter legenda própria, e presidir um partido da base aliada do presidente Lula, Ribeiro poderia tranquilamente se aliar ao PT, deixando o grupo de origem. Na nota que chega hoje à imprensa o que o senador tenta é acalmar os ânimos dentro de casa, e adiar a discussão de quem será o quê para mais tarde. Até porque tem muita água para rolar daqui até as próximas eleições.

Em polvorosa com o crescimento no grupo de um líder fora da família Siqueira, com capacidade de se articular de forma independente, a UT pode chamuscar o brilho de quem tem potencial para crescer. E acabar dando um tiro no pé.

Roberta Tum

roberta@blogdatum.com

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