Rompendo com Gaguim, Ribeiro racha também a bancada do PR

Ainda é cedo para dizer quantos acompanharão o senador João Ribeiro (PR) na sua decisão de entregar os cargos que indicou no governo de coalisão de Carlos Gaguim (PMDB) quando se tornou o grande avalista do acordo construído para eleição do então pre...

O senador João Ribeiro (PR) ganhou força na mesa de negociações quando anunciou sua desistência de concorrer ao governo do Estado, e seu distanciamento do PMDB como parceiro preferencial para uma aliança. De lá para cá mergulhou no silêncio absoluto, enquanto conversava com todos, avaliando para onde ir. Tenho percebido que no seu rompimento por etapas, Ribeiro pode estar perdendo o protagonismo nesta história.

 

Na segunda nota que distribui à imprensa, o senador dá seu segundo passo para o rompimento definitivo com o governo, entregando seus cargos e recomendando que os deputados de seu bloco façam o mesmo. Ribeiro sabe que não adianta forçar, por isso o termo "recomendar". Sua atitude foi precedida pela do deputado Marcelo Lélis, do PV, que devolveu a pasta de Recursos Hídricos no dia em que foi questionado pelo governador Gaguim sobre qual caminho tomaria .

 

Quem é PR e quem é governo

 

Com o rompimento mais do que anunciado, e antes ainda de dizer se ficará com o PSDB ou com o PT no Estado, Ribeiro enfrentará ainda esta semana, sua hora da verdade. Foi ele quem levou para a coalisão o ex-democrata Paulo Roberto, o ex-tucano Stálin Bucar, e Amélio Cayres. Foram suas as garantias que encorajaram vários deputados a abandonarem seus partidos, correndo o risco de perder o mandato.

 

É indiscutível que Luana Ribeiro e o Pastor Pedro Lima o acompanharão. Já o deputado Stálin Bucar declarou que para a União do Tocantins não volta.

 

Com dificuldades para conviver com a senadora Kátia Abreu e o ex-governador Siqueira Campos, o deputado Paulo Roberto tem dito a amigos que foi convidado para compor um grupo, integrar um governo, e que filiou-se ao PR dentro deste projeto. Provavelmente tentará garantir legenda para ser candidato sem ter que subir no palanque de Siqueira.

 

Amélio Cayres por sua vez quer conversar, mas na bolsa de apostas é tida como certa sua volta à UT, uma vez que é o grupo de sua origem. Nilmar Ruiz, deputada federal, já sinalizou para o senador que o acompanha para onde ele for. Nos próximos dias, Ribeiro terá clareza entre quem é PR e quem é governo, independente de sua liderança.

 

Nos “finalmentes”, o resultado mais óbvio é que o PR racha. Como são cinco deputados, racha em número ímpar. Duas reuniões nos próximos dias definem esta conta. Ribeiro marcou de conversar com sua bancada na quinta-feira à tarde. Os deputados antecipam conversa, à porta fechadas, para amanhã a tarde. Pode ser que ao chegar o senador já encontre encontre tudo definido. E uma bancada dividida.

Comentários (0)