O secretário da Infraestrutura, Alexandre Ubaldo, falou ao Site Roberta Tum sobre a contratação da Delta S/A, que prestou serviços ao Estado por meio do pacote emergencial de recuperação de rodovias juntamente com outras cinco empresas em 2011.
A contratação das empresas, entre elas a Delta, ocorreu sem licitação e é questionada pelo Ministério Público, por meio de uma Ação Civil Pública que corre na 4ª Vara da Fazenda. Interceptações telefônicas da PF referentes à Operação Monte Carlo apontam ligação da Delta S/A com o empresário e bicheiro Carlinhos Cachoeira. De acordo com trechos das interceptações divulgados pela imprensa, Cachoeira articulava com o diretor afastado da Delta, Claúdio Abreu, apoios políticos para a obtenção de contratos públicos.
Em entrevista, o secretário Alexandre Ubaldo informou que os serviços realizados pelas seis empresas contratadas para fazer serviços de recuperação da malha asfáltica do Estado, dentre elas a Delta, já foi finalizado e satisfez as necessidades. “Todos esses serviços foram entregues a contento e foram realizados para manter a segurança de quem precisa usar as estradas tocantinenses.Inclusive alguns promotores já haviam solicitado que esse serviço fosse feito e por isso foi realizado em caráter emergencial sem licitação”, disse o secretário.
Ao falar sobre o questionamento do MPE referente à contratação das empresas, o secretário disse que a ação pedia a paralisação das obras e como as mesmas já foram finalizadas não há mais sentido na Ação. Ubaldo enfatizou, ainda, que com os serviços registrou-se a diminuição de 26% na ocorrência de acidentes.
De acordo com o Diário Oficial de julho de 2011, a Delta foi contratada pelo Estado “objetivando a Execução dos Serviços de Recuperação e Roçagem dos Trechos Abrangidos Pela Residência Rodoviária de Paraíso do Tocantins”. O valor do contrato foi de R$ 14.695.596,17. A Delta estaria concorrendo novamente a uma licitação estadual, para novas obras no Estado, no valor de R$ 70 milhões.
Outras empresas
Além da Delta também são alvo da ação a CCM Construtora Centro Minas Ltda., contratada pelo valor de R$ 19.538.513,70, a EGESA Engenharia S/A., contratada pelo valor de R$ 9.204.992,74, a Paviservice Serviços de Pavimentação Ltda, contratada pelo valor de R$ 6.137.580,07, a Construtora Central do Brasil Ltda, contratada pelo valor de R$ 7.902.711,04 e a Construtora Caiapó Ltda, contratada por R$ 10.318.623,18.
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