O mês de setembro chegou com a tradição de ser o mais seco do ano, e com uma obrigação para a turma da Infra-estrutura do governo: acelerar ao máximo a recuperação das estradas que se propôs a fazer naquele polêmico plano emergencial.
Nos arredores de Palmas, já na saída para Lajeado, até a balsa, o asfalto está praticamente concluído, e não se trata de tapa buracos. É trecho praticamente novo, com uma restauração digna de nota.
O pavimento vai terminar na chegada da balsa, onde ainda se perde tempo, mas a contagem é regressiva para a inauguração da ponte, imponente ao ser observada de baixo, da visão que se tem do rio, ao atravessar. Por lá faltam os encabeçamentos, obra a parte que custará aos cofres públicos algo em torno de R$ 6 milhões. A ponte toda custou R$ 20 milhões, dos quais R$ 2 mi de contrapartida do governo do Estado, e o maior montante, 90% recursos federais.
Para a inauguração, a presidenta Dilma Roussef é esperada. E vai depender da agenda dela, assim como a do ministro dos Transportes, a data de inaugurar a obra, que deve ser finalizada dentro do mês de setembro. Na interlocução com o planalto para agendar a vinda da presidenta ao Estado está o senador João Ribeiro(PR), que teve arestas aparadas com o governo quanto à movimentação visível de retirada de lideranças expressivas do PR para o PSDB nas últimas semanas.
Em Colinas, paz selada e big palanque
Ao lado do ex-senador Eduardo Siqueira, o senador demonstrava satisfação este final de semana em Colinas. Não é para menos. Na cidade em que foi o político mais votado das últimas eleições, a movimentação em torno do PR é grande. E na cidade João demonstra ter grandes amigos, em partidos diversos.
Eduardo, cujo pai governador tem forte ligação com a cidade, onde começou a carreira política como vereador, também faz um interessante caminho de volta. Ajudou o sindicato liberando os 25 quilômetros de pavimentação pedidos. Marcou presença num evento público,coisa que raramente tem feito em meio aos compromissos administrativos no eixo Palmas-Brasília. E mostra a preocupação em resgatar a boa relação política com a cidade.
No sábado o palanque mostrava conciliação de diversas forças no sentido de fortalecer a cidade que está literalmente efervescente na área econômica. Novas empresas chegando, o comércio fortalecido, e o agronegócio faturando alto e fazendo girar a roda da economia fazem de Colinas um cenário interessantíssimo para novos investimentos.
A entrada da cidade está em obras com a duplicação da via federal, e o novo acesso, obras que tiveram sua inclusão no PAC pelo senador JR, após a destinação inicial de emenda para começá-la. É coisa na casa dos R$ 36 milhões.
Amália e Santana próximos da base
O cenário político mostra que a aproximação da deputada Amália Santana da base governista, e de todo o PT, contou com uma forcinha básica de Santana. Este que tem bom relacionamento com Eduardo de outras datas, é citado como possível candidato à reeleição com apoio do governo. Mas é evidente no ar, que não será unanimidade.
As bases historicamente ligadas à Siqueira na cidade, ou de partidos que compõem com o governador, têm resistência grande aos petistas. E devem se articular em torno de outro nome. O que dará à cidade um cenário possível de três candidaturas. A terceira pode vir do PMDB de Sandoval Cardoso. Deputado que já convive harmonicamente com o governo, mas que é oposição, e não deixará de sê-lo em sua cidade.
Antes da chuva cair
Na política e no campo administrativo, este setembro está com cara mesmo de ser decisivo. Tanto para as obras, que recebem a determinação de conclusão, para que diversos trechos comecem a ser entregues à população em outubro, quanto a engenharia política. Esta que vai dizer quem é quem no processo eleitoral do ano que vem em todo Estado.
Antes das chuvas chegarem ao Tocantins, muita coisa estará mudada. E a hora de concluir acertos políticos e resultados práticos é agora. Um mês que promete. E muito.
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