Olha que interessante. Ano passado nesta época a imprensa especializada na cobertura política tentava antecipar os nomes da equipe que comporia o governo Siqueira a partir de janeiro deste mês.
Um ano depois, as apostas se fazem em torno dos nomes de quem fica e quem sai do governo, ao final deste dezembro de 2011.
A anunciada reforma política, que Eduardo Siqueira já tinha noticiado há alguns dias que está para acontecer, chega para ajustar a equipe às necessidades do governo.
Os desligamentos a pedido, ou movidos por outras forças, não foram em pequeno número, e a equipe de Siqueira, que assumiu com ele em janeiro está praticamente desfigurada.
É óbvio que o governador terá que cortar em pastas nas quais os gestores estão muito bem instalados. Simplesmente por que não estão funcionando. E não me peçam para dizer quais, uma vez que está evidente.
Mas, com o argumento da campanha política que se aproxima, Siqueira faz o discurso que gosta, e que combina com seu estilo: gestores não devem utilizar-se dos cargos e estrutura de governo para desequilibrar a disputa a seu favor, ou de seus aliados. E portanto devem se antecipar e desocupar mesas e salas em dezembro.
Assim, meia reforma já fica logo feita.
A segunda parte - que mostrará os cortes reais que o governador quer fazer - é que vem por aí logo no começo de janeiro.
Cerca de 7 mil contratos não serão renovados
A máquina administrativa vai realmente ser enxugada, conforme me confidenciou uma fonte influente no governo. A expectativa é de redução em 7 mil, dos 14 mil contratados “especiais”. Mas para evitar demissões o governo simplesmente vai aproveitar a data de vencimento dos contratos para não renová-los. Com o argumento de que a necessidade premente acabou, e que os reservas convocados darão conta do recado até os próximos concursos.
Sim, por que dois concursos estão prometidos para 2012: o do Quadro Geral e o da Segurança Pública. Tomara que neste final de ano, o governo limpe realmente a fila de espera dos cadastros reserva da Educação (como disse Danilo de Melo esta semana a deputados, que fará) e o da Saúde (que vence logo ali em janeiro).
Para bom entendedor o recado de Siqueira foi claro. Tão claro, que tem gente que nem tem certeza ainda de candidatura, arrumando a vida para sair. Afinal os sinais de descontentamento são claros.
Para um governo que perdeu ao longo do caminho grandes quadros no primeiro time, como Sandro Rogério na Sefaz e Bruno Nolasco na PGE, escolher bem os próximos a entrar é fundamental. Para não cometer erros de avaliação e julgamento. Afinal o governador tem dito sempre que pode que o primeiro ano do seu governo, pra valer, é o próximo.
Que venha então, porque pelo visto, o período probatório termina em 31 de dezembro.
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