O governador Siqueira Campos (PSDB), negou na tarde desta sexta-feira, 20, que tenha qualquer ligação com o bicheiro Carlinhos Cachoeira. Nas declarações, Siqueira desafiou a quem lhe apresenta provas de sua suposta ligação com o bicheiro. “Eu desfio a qualquer um, a provar que eu tenha recebido esse sujeito aqui no Palácio ou em qualquer outro lugar. No dia que alguém provar isso, eu renuncio ao meu mandato, eu mesmo faço isso, sem precisar de investigação”, declarou o governador. Siqueira foi questionado sobre o assunto em coletiva de imprensa após cerimônia realizada no Palácio Araguaia para sancionar a lei que muda a estrutura da Polícia Militar do Tocantins.
Questionado sobre o encontro com o bicheiro e o que foi conversado, em Goiânia na casa do suplente de senador Ataide Oliveira, Siqueira informou, que foi um encontro casual. “Eu nunca tinha vista esse sujeito, fui para fazer uma visita ao Ataide e ele chegou lá, o cumprimentei quando ele chegou e disse até logo quando sair, só isso, e desafio alguém a provar que tenha havido outra conversa além dessa ou que eu tenha qualquer ligação com ele”, questionou.
O governador negou ainda que tenha recebido qualquer doação do bicheiro para sua campanha eleitoral. “Não recebi qualquer valor desse sujeito, todo o dinheiro doado a nossa campanha foi feito com base na legislação eleitoral”, finalizou o governador.
O caso
Em reportagem do Jornal da Record que foi ao ar no dia 16, o nome do governador Siqueira Campos (PSDB), surgiu também em escutas telefônicas interceptadas pela Polícia Federal que indicariam que o bicheiro teve um encontro com o governador do Tocantins.
Já em documento do Ministério da Justiça, exibido na reportagem um diálogo entre Carlinhos Cachoeira e Gleyber Ferreira Cruz, um dos sócios do bicheiro flagrado na Operação Monte Carlo e que também está preso, é transcrito.
Na conversa, Cachoeira diz que tem um encontro marcado com o governador Siqueira Campos e que um dos assuntos seria Deuselino Valadares, que na época era chefe da Polícia Federal de Goiânia. O governador nega que o encontro tenha ocorrido de forma premedidata.
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